Leprosy among female prisoners in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência & Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Objetivou-se estimar a prevalência de hanseníase entre presidiárias brasileiras e identificar fatores associados à doença. Estudo transversal realizado entre 2014 e 2015 em 15 presídios femininos brasileiros. Os dados de 1.327 mulheres foram coletados por meio de autoentrevista assistida por computador e exame dermatológico e neurológico para identificar lesões suspeitas de hanseníase. A idade média foi de 33,4 anos. A suspeita de hanseníase foi identificada em 5,1% das mulheres na prisão, e a prevalência autorreferida ao longo da vida foi de 7,5%. As variáveis que se associaram à hanseníase autorrelatada ao longo da vida foram: mulheres presas uma vez com duas vezes mais chance de ter hanseníase; mulheres brancas tinham 1,4 vez mais chance de ter hanseníase do que mulheres não brancas; mulheres que conheciam alguém com hanseníase tinham 1,9 vez mais chance de ter hanseníase; e mulheres que compartilhavam uma cela com 11 ou mais mulheres tinham 2,5 vezes mais chance de ter hanseníase do que mulheres que compartilhavam uma cela com duas ou menos pessoas. A prevalencia de hanseníase entre presidiárias no Brasil foi maior do que a encontrada entre mulheres da população geral e evidencia a vulnerabilidade dessa população gerada pela pobreza pré-reclusão, bem como o potencial de transmissão na prisão.

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