Lepra: fotografia e discurso na obra de Souza-AraÃjo (1916-1959) / Leprosy: photography and speech in the orks of Souza-AraÃjo (1916-1959)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/03/2011

RESUMO

Esta dissertaÃÃo teve como objetivo problematizar a obra âHistÃria da Lepra no Brasilâ, publicada em 3 volumes, entre os anos de 1946 a 1956, do mÃdico paranaense HerÃclides CÃsar de Souza-AraÃjo, em especial o segundo tomo desta obra, o qual retrata a lepra atravÃs de imagens. O livro, publicado em 1948, contÃm 380 estampas, resultando em 1022 imagens. Para analisar as fotografias e ilustraÃÃes presentes no segundo volume, utilizei diversos livros, e tambÃm artigos de Souza-AraÃjo, publicados em revistas acadÃmicas e jornais, para que eu compreendesse o que o mÃdico visava construir atravÃs da composiÃÃo de um volume, somente com imagens, em uma obra monumental como à âHistÃria da Lepra no Brasilâ, escrita para demarcar uma forma de profilaxia da lepra, atravÃs de mais de 1.600 pÃginas. Utilizei o escrito e o imagÃtico em conjunto, por entender que ambos se completam, proporcionando um melhor resultado final. NÃo optei por este caminho pelo fato de achar que as imagens nÃo possam ser questionadas sem o texto escrito, mas acredito que a uniÃo com outros meios sà aumenta a potencialidade da imagem. Souza-AraÃjo construiu um discurso, ao longo de sua carreira mÃdica, defendendo um modelo especÃfico de combate à lepra, o isolacionista, o qual acabou sendo adotado no Brasil, nas primeiras dÃcadas do sÃculo XX. Analisei o primeiro e terceiro volumes de âHistÃria no Brasilâ, para perceber como ele construiu e os lugares em que pautou-se para escrever sobre a doenÃa. Quanto ao segundo volume, foco principal desta pesquisa, observei-o, esmiucei cada parte da obra e examinei atentamente cada imagem. Logo veio o interesse em problematizar fotografias de doentes e mÃdicos, procurando compreender de que maneira o mÃdico apresentou cada grupo, os quais compartilhavam os mesmos espaÃos â mas de formas completamente diferentes â mesmo ambos necessitando um do outro, sÃo percebidos de formas divergentes. Os primeiros, sentem a doenÃa em seus corpos, vivem com ela; os segundos, vÃem no corpo doente uma forma de pesquisar, tornando-o um objeto de estudos

ASSUNTO(S)

lepra historia das ciencias imagem discurso souza-araÃjo conhecimento cientÃfico leprosy image speech souza-araÃjo scientific knowledge

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