Leituras de paisagens em parques urbanos : função e percepção
AUTOR(ES)
Míriam Paula Coradini
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
15/09/2008
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo realizar a leitura de paisagens em parques urbanos, buscando a interpretação de seus significados objetivos e subjetivos. Parques urbanos são importantes estruturas para o cotidiano de lazer nas cidades. Por suas características específicas (qualidade funcional, ambiental e estética), possibilitam o estabelecimento de relações afetivas entre os visitantes e o lugar. Neste panorama, a atividade simbólica torna-se bastante expressiva. A paisagem, quando considerada uma construção cultural coletiva, é capaz de retratar história, memória, posições ideológicas e políticas, anseios e visões de mundo. Se nela estão gravadas diversas formas de expressão da sociedade, é possível considerá-la como linguagem. O método de leitura semiótico possibilita a decodificação dos signos e de seus respectivos significados. A leitura e a interpretação da paisagem interferem diretamente nas relações estabelecidas entre a população e o local, devendo, portanto, fazer parte do processo de planejamento e gestão dos espaços públicos nas cidades. Buscando aplicar o embasamento teórico à realidade local, realizou-se análise do Parque Arthur Thomas, um espaço público significativo para a cidade de Londrina-PR. O parque é uma unidade de conservação ambiental, possui papel significativo como patrimônio histórico londrinense e incorporou a função de lazer público urbano. O local enfrentou por anos um grave processo de degradação e os impactos negativos foram refletidos na queda progressiva da taxa de visitação. Através de entrevistas realizadas com a população, verificou-se que a imagem do parque ainda é bastante negativa. Atualmente, a administração do parque, com o objetivo de melhorar sua imagem perante a comunidade, investe em reformas e benfeitorias. Quanto à leitura da paisagem, percebe-se que o parque, pela pouca presença de elementos semióticos, apresenta um ambiente demasiadamente neutro. Isso não é necessariamente negativo, mas um local que possui tanta potencialidade (principalmente em relação às suas características ambientais e históricas) necessita de peculiaridade, algo que lhe confira caráter próprio. A expectativa é que, a partir das reformas, a percepção dos visitantes seja alterada de maneira positiva permitindo, talvez, que elos afetivos sejam formadas com o lugar.
ASSUNTO(S)
geografia urbana espaços públicos - percepção geografia humana planejamento urbano urban geography human geography urban space perception urban planning
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000163211Documentos Relacionados
- PARQUES URBANOS, POLÍTICAS PÚBLICAS E SUSTENTABILIDADE
- Sistemas locais de inovação : estudo de estratégias de planejamento regional (parques e pólos tecnológicos intra-urbanos)
- Riqueza de borboletas em dois parques urbanos de Curitiba, Paraná, Brasil
- Frederick Law Olmsted: a arquitetura de paisagens e os parques nacionais norte-americanos
- O Espaço público contemporâneo : a complexidade vista a partir de parques urbanos de Porto Alegre