Leitura e interatividade feminina nos jornais impressos: a postura da leitora do Estado de Minas
AUTOR(ES)
Patricia Espirito Santo
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
28/06/2007
RESUMO
Estuda-se a leitura e a interação feminina nos grandes jornais impressos, sob o enfoque da Ciência da informação, linha de pesquisa Informação, Cultura e Sociedade, no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, da Universidade Federal de Minas Gerais PPGECI/UFMG. Ao considerar os meios de comunicação mediadores de informações, além de produtores e reprodutores de padrões sociais e culturais, procurou-se identificar os elementos necessários para inserir a mulher como leitora de jornais de referência e como ela se reporta e interage com aqueles que constroem e divulgam a notícia. Discorre-se sobre a produção da informação através de uma linguagem masculina, sobre como a mulher se insere neste contexto, e sobre os possíveis impactos que a informação jornalística traz para o gênero feminino. Para tanto, foi elaborada uma base conceitual de idéias defendidas por teóricos da Ciência da Informação, da Comunicação, da Lingüística/Análise do discurso e do Gênero. Desenvolveu-se uma entrevista em profundidade com oito leitoras do jornal Estado de Minas, a qual serviu de pré-teste à pesquisa aplicada por telefone a outras 172; analisou-se o discurso de 30 capas do jornal e de matérias internas que tinham a mulher como personagem, às quais fotos e textos faziam referência; e foram contabilizadas quantas correspondências enviadas a seções de cartas à redação de sete jornais brasileiros, entre eles o Estado de Minas, estavam assinadas por mulheres e quantas por homens, também num período de 30 dias. Os dados permitem concluir que a mulher, quase a metade do público leitor dos grandes jornais brasileiros, os lê principalmente em busca de informação sobre diversos temas, em especial a política, acontecimentos locais, cultura e temas tidos como específicos do mundo feminino, como moda e família. Ela utiliza as informações para formar sua opinião e para interagir socialmente; porém prefere silenciar quando o assunto é publicar sua visão dos fatos e acontecimentos, provavelmente movida pelo status quo do feminino, que a mantém como sujeito coadjuvante do homem, inclusive nas páginas dos jornais.
ASSUNTO(S)
ciência da informação teses. leitura de jornais teses. mulheres teses
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/VALA-74QKU4Documentos Relacionados
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