Legal Pregnancy Interruption due to Sexual Violence in a Public Hospital in the South of Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Objetivo Analisar os casos de todas as mulheres que buscaram o serviço de interrupção legal da gestação em casos de violência sexual em um hospital público de referência, assim como identificar os fatores relacionados à realização do procedimento. Métodos Estudo observacional transversal com informações de prontuários de janeiro de 2014 a dezembro de 2020. Foram incluídos 178 casos, com avaliação dos dados referentes às mulheres atendidas, características da violência sexual, atendimento hospitalar, técnicas utilizadas e complicações. A análise foi apresentada em frequência relativa e absoluta, medianas, médias e desvio padrão. Fatores relacionados à realização do procedimento foram avaliados por meio de regressão logística binária. Resultados O procedimento de interrupção da gravidez foi realizado em 83,2% dos casos atendidos. Em 75,7% dos casos, a técnica utilizada foi a associação de misoprostol por via vaginal e aspiração manual intrauterina. Não houve óbitos e a taxa de complicações foi de 1,4%. A idade gestacional no momento da busca pela interrupção legal da gravidez foi o fator significativo pelo qual o protocolo não foi concluído. Gestações de até 12 semanas foram associadas a uma menor chance de não ocorrer a interrupção (odds ratio [OR]: 0,41; intervalo de confiança [IC] 95%: 0,12–0,88), enquanto casos com idade gestacional > 20 semanas foram associados a uma maior chance de não ocorrer a interrupção (OR: 29,93; IC95%: 3,91–271,50). Conclusão O serviço estudado foi efetivo, sendo a idade gestacional o fator significativo para a resolutividade.

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