Las Madres de Plaza de Mayo: a la memoria de la sangre, el legado al revés / Las madres de Plaza de Mayo: à memória do sangue, o legado ao revés
AUTOR(ES)
Maria Fernanda Garbero de Aragão Ponzio
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
O contexto da Argentina da década de setenta é o cenário de personagens e narrativas que emergem do medo e permanecem, até os dias atuais, em posições de resistência e enfrentamento. Nessa paisagem marcada pela opressão do Estado militar, nascem as Madres de Plaza de Mayo, originadas pela tragédia do desaparecimento forçado de seus filhos. Investidas pela maternidade, elas rompem com a esfera privada para desestabilizar a esfera pública e questionar a memória de um país maculado pelo silenciamento, alcançando um protagonismo viável à reelaboração da dor, em mais de três décadas de luta em defesa de seus filhos. Paralelo às performances na Plaza de Mayo, elas esboçam um intento literário e publicam, durante a ditadura militar, seus primeiros poemas. O desejo anunciado de um encontro com a literatura ganha força no projeto das oficinas literárias, do qual são produzidos cinco livros, restando também um material inédito que servirá de base para publicações futuras. O encontro com a ficção viabiliza um processo narrativo empreendido rumo à reconstrução biográfica do ser responsável pelo nascimento do ator político Madre, quem se torna personagem de si mesma, recriando-se na escritura e propondo novos olhares à memória, ao testemunho. A reelaboração do trauma e o surgimento de uma discursividade capaz de ressignificar a ausência compõem os principais elementos desses textos. Em analogia a personagens como Antígona (de Sófocles), Hécuba (de Eurípides) e Pelagea Wlassowa (de Gorki- Brecht), elas confirmam uma postura de enfrentamento e se projetam como herdeiras de uma linhagem de mulheres que convulsionaram o público, a partir da entoação de um páthos coletivo. Em devoção aos seus desaparecidos insepultos, as Madres recriam um legado ao revés, presente na escritura e na reinvenção de personagens que encontram o caminho da sobrevivência na memória do filho
ASSUNTO(S)
ditadura na literatura trauma argentina política e governo séc. xx memoria memória memória na literatura madres de plaza de mayo escritura narrativa argentina ativistas pelos direitos humanos argentina escrito análise do discurso narrativo narrativa trauma literatura comparada madres de plaza de mayo (association)
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1036Documentos Relacionados
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