Larvas de Limnoperna fortunei Dunker, 1857 em diferentes ambientes de uma planície de inundação Neotropical: relação com variáveis abióticas e algas fitoplanctônicas em diferentes estágios de desenvolvimento

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/02/2016

RESUMO

Resumo Limnoperna fortunei Dunker, 1857 é um bivalve asiático dulcícola invasor. Embora haja necessidade de conter sua dispersão, estudos que abordam a biologia de suas larvas ainda são escassos. Analisou-se as fases larvais de L. fortunei relacionando-as a fatores bióticos como a comunidade fitoplânctônica e às principais variáveis abióticas, em ambientes lóticos da planície de inundação do alto do rio Paraná. As quatro coletas foram trimestrais durante o ano de 2012. A análise de componentes principais (PCA) demonstrou apenas diferenças espaciais, assim como a Análise de Correspondência Canônica (CCA). Altas densidades de larvas foram registradas em todas as coletas no rio Paraná e no rio Baía apenas no mês de dezembro, principalmente para as larvas em estádio inicial. No biovolume das classes de algas, Bacillarophyceae obteve o maior valor, porém Chlorophycea foi a que fortemente correlacionou-se com a densidade de larvas D. A grande variedade de fitoplâncton, em especial de Chlorophyceae microplanctônica, altos valores de PO4, NH4 e temperatura estiveram positivamente correlacionadas com altas densidades de larvas D. Conclui-se que, altas temperaturas, e disponibilidade de alimento, como a comunidade fitoplanctônica, favorecem a reprodução de L. fortunei e aumentam a capacidade de dispersão da espécie devido ao incremento na emissão de propágulos. Portanto, estudos que abordem a biologia das larvas de mexilhão-dourado devem ser realizados a fim de evitar sua propagação.

ASSUNTO(S)

espécie invasora bivalves límnicos rio paraná padrão de dispersão filtros ambientais

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