La trilogie En Italique de Antonio D Alfonso : un parcours vers le texte rhizomatique

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A presente tese tem como objetivo estudar os elementos constitutivos de um percurso literário que enfatiza o espaço e a alteridade, contemplando, também, noções que lhes são próximas, como a identidade, o território, a nação, o país, sabendo-se que cada uma dessas noções está intrinsecamente ligada, de um modo ou de outro, aos dois primeiros conceitos. O caminho proposto decorre do fato de que, para o migrante, o simples pertencimento a um determinado espaço referencial, isto é, a um país, uma cultura, uma identidade, não é suficiente para dar nome à espacialidade do sujeito, ao espaço por ele vivido e experimentado. Essa voz, que retém mais de uma cultura, funde-se, emancipase, libera-se pela multiplicação e pela ambigüidade do lugar e do sentido. A presente pesquisa esboça, assim, uma abordagem do universo migrante contemplando suas ambivalências e contradições. O método de trabalho utilizado corresponde à análise de um personagem romanesco através do efeito de sua presença, ou de sua ausência, na trilogia (Avril ou l¿antipassion, 1990; Un vendredi du mois d¿août, 2004; L¿aimé, 2007) do escritor ítaloquebequense Antonio D¿Alfonso, de onde se depreende um percurso que vai do local ao universal, podendo este ser lido de igual modo como um percurso do ¿eu¿ subjetivo e individual ao ¿nós¿ comunitário e coletivo, um percurso que parte de um mundo próximo a um mundo cósmico, fazendo emergir a totalidade. O referencial teórico utilizado nesta pesquisa foram as reflexões de Gilles Deleuze e de Félix Guattari sobre os sistemas arborescente, folicular e rizomático e suas correspondências respectivas às diferentes formas de livro, texto apresentado na introdução da obra Mille plateaux: capitalisme et schizophrénie 2 (1980). Presença forte e marcante em Avril ou l¿anti-passion, é por sua ausência em L¿aimé que o protagonista tentará realmente ¿aparecer¿, o que se produzirá pelo olhar, pela voz e pelo íntimo do outro. A imagem de homem que encontramos ao fim do caminho, esse sujeito múltiplo e disseminado, sugere o homem transcultural por excelência, considerando-se que a noção de transcultura remete a tudo que se encontra entre, a tudo que atravessa, a tudo que se encontra além: a verdadeira travessia obriga-nos a fazer o caminho do outro, a ver como o outro vê, a viver a alteridade.

ASSUNTO(S)

literatura francófona d alfonso, antonio, 1953- literatura quebequense estudos literários

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