La salvaje belleza de la vida. Cuerpo y escucha en Tres tristes tigres
AUTOR(ES)
Hernández, Leonardo Javier Rodríguez
FONTE
Alea: Estudos Neolatinos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo Este artigo propõe uma interpretação de La Estrella em Tres tristes tigres como uma figura marginal em relação ao cânone da literatura cubana. Se para Lorenzo García Vega o cânone consistia na polaridade entre a mãe e a miliciana, na personagem de Cabrera Infante há uma protagonista noturna em desacato tanto da domesticidade materna origenista quanto do belicismo revolucionário. La Estrella é caracterizada pelo narrador Códac pela sua voz oceânica e por seu corpo monstruoso; sua presença opera uma iniciação a uma escuta abismal no narrador. Em jogo com o conceito de reconhecimento proposto por Paul Ricoeur, a teoria do grotesco de Wolfgang Kayser e a tipologia da escuta de Roland Barthes, “Ella cantaba boleros” é interpretada como uma transformação paródica do épico. A sobrevivência ocorre por meio da memória romanesca, matriz da narração. La Estrella é uma sinédoque da Havana que desaparece.
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