Kin on the Wing: patterns in residence, mobility, and alliance for Ache hunter-gatherers

AUTOR(ES)
FONTE

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum.

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/04/2019

RESUMO

Resumo Este artigo apresenta um panorama estrutural e histórico do parentesco de um grupo de caçadores-coletores Tupí-Guaraní, os Achê (Guayaki) do Paraguai oriental. Começo com uma discussão das características distintivas da terminologia do parentesco dos Achê, descrevendo a sua tensão característica entre as dimensões de geração e de cruzamento, para depois considerar argumentos para as transformações históricas que casos semelhantes nas terras baixas da América do Sul oferecem. O caso dos Achê mostra que a ‘hawaiianização’ de termos na geração do ego não implica necessariamente uma endogamia voltada para dentro, como argumentaram alguns antropólogos (Dole, 1969; Wagley, 1977). Ao descrever a rede de grupos coletores Achê como uma forma de organização de parentesco baseada na residência, mostro que a ‘hawaiianização’ não é apenas perfeitamente compatível com a criação de alianças a grandes distâncias (Asch, 1998; Ives, 1998; Hornborg, 1998), evidenciando que a ‘hawaiianização’ e o casamento distante funcionam juntos. Em várias partes, destaco os dados semânticos, etnográficos e históricos. Embora esses dados estejam fora do escopo da análise filogenética realizada em outras contribuições para este número especial, eles podem, no entanto, ser relevantes para algumas afirmações presentes nesta edição.Abstract This paper provides a structural and historical overview of the kinship of a group of Tupi-Guarani-speaking hunter-gatherers, the Ache (Guayaki) of eastern Paraguay. I begin by considering the distinguishing features of Ache kin terminology, describing its characteristic tension between the dimensions of generation and crossness, before considering arguments for historical transformations offered for similar cases in lowland South America. The Ache case shows that the “Hawaiianization” of terms in ego’s generation does not necessarily entail an inward-looking endogamy, as some anthropologists (Dole, 1969; Wagley, 1977) have argued. By describing the network of Ache foraging bands as a residence-based form of kin organization, I show that “Hawaiianization” is not only perfectly compatible with the creation of alliances over considerable distances (Asch, 1998; Ives, 1998; Hornborg, 1998), but that “Hawaiianization” and distant marriage actually work together in the production of band alliances. At various points I highlight semantic, ethnographic, and historical data which, despite lying outside the scope of the phylogenetic analysis undertaken in other contributions to this issue, may nonetheless bear on some of its claims.

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