Jânio Quadros, o pai dos pobres: tradição e paternalismo na projeção do líder (1959-1960)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. Ci. Soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-02

RESUMO

Historiadores e cientistas sociais, ao analisar a carreira política de Jânio Quadros, apontaram que ele conquistou força política propondo uma administração impessoal do Estado. Ele representaria a antítese de Getúlio Vargas ou de Adhemar de Barros, cujos apelos possuíam um notável conteúdo paternal. Porém, isso parece ser parcialmente correto. Por meio de cartas a ele enviadas durante as eleições presidenciais que disputou entre 1959 e 1960, é possível perceber que muitos de seus apoiadores o concebiam como um político capaz de defender relacões sociais tradicionais. Alguns o invocaram para lutar contra especuladores que estocavam mercadorias em contexto inflacionário, outros o trataram como uma figura paternal ao pedir-lhe dinheiro, empregos públicos e outros tipos de favor. Neste texto, sugiro que tais demandas podiam veicular manifestações políticas ou constituir-se em determinadas expressões de cidadania.

ASSUNTO(S)

jânio quadros tradições populares paternalismo cidadania cartas

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