Jacques Derrida e o recit da tradução : o Sobreviver/Diario de Borda e seus transbordamentos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Esta tese aborda a relação entre tradução e desconstrução, a partir de Survivre/Joumal de Bord, mais particularmente a partir do que Derrida chama de récit da tradução. Está implicada ali a impossibilidade de totalizar na tradução, na escrita, na leitura; o que traz para esta tese a questão do transbordamento, com o qual se compromete e do qual não pode se desvencilhar. Enxerto na tese uma tradução Sobreviver/Diário de Borda, promovendo, por assim dizer, um efeito de transbordamento fundamental para pensarmos a necessidade e impossibilidade de um volume, na sua unidade presumida, encerrar uma tese numa língua traduzível. Trata-se de uma situação de borda na borda. Esta problemática estará ligada, e no texto de Derrida, à questão da borda, do récit, da assinatura, da tradução como sobrevivência; todos esses elementos implicados nos paradoxos e no tal récit da tradução. Transborda desse récit um outro, e, por uma necessidade de apostar numa política da desconstrução, pela qual clama a-tese, proponho uma tradução da desconstrução; ou seja, proponho explicitar, de um certo modo, o que esteve transbordando, a contratempo, o tempo todo na tese: uma tradução da desconstrução - da palavra e de sua tradução bem como disso, desconstrução, que passou a ser associado ao pensamento derridiano no Brasil. Esta tese aborda, numa borda, a aresta em que se encontra o "é preciso" dos contratos que a instituição prevê. Proponho nesse limiar um deslocamento que pode implicar uma política para o tratamento da tradução na instituição; uma tal política, a discutir a história desse conceito, voltaria, para a própria instituição e o saber estabelecido, questionamentos sobre o lugar e destinação da tradução na instituição universitária

ASSUNTO(S)

tradução e interpretação

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