Isolamento, caracterização físico-química e estrutural de uma lectina de sementes de Dioclea wilsonii Standl. com potencial inflamatório / Isolation, physicochemical characterization and structure of a lectin from Dioclea wilsonii potentially inflammatory.
AUTOR(ES)
Thaiz Batista Azevedo Rangel
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/06/2011
RESUMO
A lectina obtida das sementes de Dioclea wilsonii (DwL) é uma metaloproteína que aglutina fortemente eritrócitos humanos do sistema ABO e de coelhos. Tal propriedade de aglutinação é inibida por glicose e por manose. O presente estudo também determinou a estrutura primária e tridimensional da DwL e a atividade pró-inflamatória da mesma. DwL foi purificada através de duas etapas cromatográficas, sendo uma delas por afinidade em Sephadex G-50 e a outra por troca catiônica em HiTrap SP XL 01. A eletroforese em SDS-PAGE revelou a presença de três bandas eletroforéticas correspondentes às subunidades alfa, beta e gama cujas massas moleculares, obtidas através de espectrometria de massas por ionização em eletrospray, foram respectivamente 25,6 2 kDa, 12,8 2 kDa e 12,7 2 kDa. O sequenciamento protéico foi obtido por espectrometria de massas em tandem e a sequência primária revelou que DwL é uma proteína com 237 aminoácidos, apresentando 96 e 99% de identidade com as lectinas de Dioclea rostrata (DRL) e Dioclea grandiflora (DGL), respectivamente. Os cristais protéicos foram obtidos através do uso do método de difusão de vapor a 20 C, complexados com X-man, e a condição de cristalização foi em Tampão Tris 0,1 M pH 8,5 com cloreto de níquel hexahidratado 0,01 M e sulfato de lítio monohidratado 1,0 M. O conjunto de dados completo de raios X foi coletado a uma resolução de 2,01 Å utilizando fonte de radiação síncronton. Também foi demonstrado que DwL apresentou marcante atividade pró-inflamatória alterando eventos vasculares e celulares através de um mecanismo que envolve a participação do óxido nítrico, histamina, prostaglandina e citocinas. Estes resultados destacam a importância das interações proteína-carboidrato nas células e fornecem subsídios para a utilização de lectinas vegetais como ferramentas biotecnológicas em estudos envolvendo os mecanismos da resposta inflamatória.
ASSUNTO(S)
lectina espectrometria de massa cristalografia inflamação bioquimica lectin mass spectrometry crystallography inflammation
ACESSO AO ARTIGO
http://www.uece.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1097Documentos Relacionados
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