"Ismos", "ícones" e intérpretes: as lógicas das "etiquetagens" na política de dois estados brasileiros (MA e RS)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Sociol. Polit.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-10

RESUMO

O trabalho de fabricação de "etiquetas" e "ícones" da política brasileira é examinado neste artigo. O foco recai sobre "vultos" e intérpretes da história política de dois estados brasileiros, Rio Grande do Sul (RS) e Maranhão (MA), assim como sobre as versões produzidas acerca do "Getulismo", "Pasqualinismo", "Brizolismo", "Vitorinismo" e "Sarneysismo". O exercício de análise executado consistiu em perceber as ligações entre os intérpretes desses "ismos", os líderes políticos e os tecidos relacionais que dão sentido às identificações, distinções e tomadas de posição. Ou seja, foram analisados os recursos sociais sobre os quais assentam (i) sua reputação política e intelectual (origem social, reconhecimento profissional, cargos políticos, títulos e pertencimento a instâncias de consagração intelectual); (ii) seus alinhamentos políticos e (iii) seus movimentos nos jogos faccionais nas duas configurações regionais. Mediante a análise dos seus itinerários e das modalidades de textos (biografias, livros e artigos de jornais) produzidos, a reflexão explora os usos e a relevância, como instrumentos políticos e como meios de identificação: da ativação da memória política; das genealogias simbólicas; da personificação do capital simbólico; das relações de reciprocidade; do papel de mediação; das bases sociais e do domínio de uma forma de expressão que é a "escrita" ou da associação ao universo da intelectualidade.

ASSUNTO(S)

elite política liderança carisma memória redes

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