IS HOMEOSTASIS MODEL ASSESSMENT FOR INSULIN RESISTANCE >2.5 A DISTINGUISHED CRITERIA FOR METABOLIC DYSFUNCTION-ASSOCIATED FATTY LIVER DISEASE IDENTIFICATION?

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Contexto A resistência à insulina (RI), avaliada por diferentes critérios, é um fator importante na patogênese da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Mas, recentemente, com a caracterização desta disfunção metabólica associada com a doença hepática gordurosa (DGH), um dos critérios propostos para este diagnóstico tem sido a determinação do modelo de avaliação da homeostase-resistência à insulina (HOMA-IR). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a relação do HOMA-IR> 2,5 com dados clínicos, metabólicos, bioquímicos e histológicos obtidos em pacientes não diabéticos diagnosticados com DHGNA por biópsia hepática. Métodos Estudo transversal, retrospectivo, com dados de 174 indivíduos adultos de ambos os sexos com DHGNA não-diabética, sem sinais evidentes de hipertensão portal. O índice de massa corporal (IMC) foi classificado de acordo com a Organização Mundial da Saúde (1998) e a síndrome metabólica pelos critérios do NCEP-ATP-III. Os exames bioquímicos foram avaliados pelo método automatizado e a insulinemia por imunofluorometria. Os achados histológicos foram classificados de acordo com Kleiner et al. (2005). Resultados: A média de idade da população estudada foi de 53,6±11,2 anos, sendo 60,3% do sexo feminino. O IMC médio foi de 30,3 kg/m2 e 75,9% dos pacientes apresentaram circunferência da cintura aumentada. Entre os parâmetros metabólicos avaliados, houve maior prevalência de síndrome metabólica (SM) em pacientes com HOMA-IR >2,5, sem diferença estatística em relação ao IMC entre os grupos estudados. Os valores das enzimas hepáticas e da ferritina sérica foram significativamente maiores nos pacientes com este marcador de RI, que apresentaram maior prevalência de esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) e fibrose hepática avançada. Na análise multivariada, o diagnóstico clínico de SM, hiperferritinemia e a presença de EHNA na biópsia hepática foram os fatores independentemente associados à presença de HOMA-IR alterado. Conclusão: Valores de HOMA-IR >2,5 identificam pacientes com DHGNA com características clínicas e metabólicas distintas e com maior potencial de progressão da doença, o que valida esse parâmetro na identificação de pacientes com DHG.

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