Irrigation management of no-tillage common bean crop in farming-livestock system / Manejo da irrigação do feijoeiro cultivado em plantio direto no sistema integração lavoura-pecuária

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A água está se tornando um recurso cada vez mais escasso, com importância estratégica crescente nos setores ambiental, econômico, social e político. A agricultura irrigada é responsável por considerável parcela da produção agrícola, entretanto, é a atividade que mais demanda água. Nos cultivos irrigados, um dos fatores mais importantes é a determinação das lâminas de água para reposição das perdas ocorridas em função da evapotranspiração, com consequente melhora da eficiência produtiva. Dentro deste contexto torna-se evidente a necessidade de gerenciamento da água aplicada pela irrigação. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de três métodos de manejo da irrigação no feijoeiro cultivado em plantio direto no sistema integração lavoura-pecuária; os métodos foram avaliados quanto à estimativa da evapotranspiração, lâminas e freqüência de irrigação, produtividade de grãos e seus componentes. Também se avaliou nos períodos anual, seco e chuvoso, o desempenho de métodos de determinação do coeficiente do tanque Classe A (Kp), e ainda, a possibilidade de adoção de um valor fixo para tal variável. A avaliação foi feita com base na evapotranspiração estimada com tanque Classe A usando os coeficientes avaliados e a estimada pelo método padrão Penman-Monteith (FAO 56). O trabalho foi conduzido na área experimental da Fazenda Capivara da Embrapa Arroz e Feijão em Santo Antônio de Goiás, Goiás, Brasil. Na avaliação dos métodos de manejo utilizou-se o feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) cv. BRS Supremo; os métodos avaliados foram tensiometria, tanque Classe A e Penman-Monteith. Houve diferenças significativas quanto à produtividade, número de grãos por vagem e altura da planta em relação aos métodos de manejo, tendo o tanque Classe A propiciado a obtenção de maiores produtividades, em decorrência da maior lâmina total, e das maiores frequências de irrigação. O manejo por tensiometria ocasionou redução de 40% na demanda total de água do feijoeiro, porém, com reduções significativas na produtividade. O tanque Classe A estimou lâminas maiores e da tensiometria lâminas menores em relação às lâminas totais estimadas pelo método padrão FAO 56 Penman-Monteith. Independente do Kp, o método do tanque Classe A estimou maior evapotranspiração em relação ao método de Penman-Monteith. Para as condições climáticas nas quais se realizou o trabalho, o melhor método de determinação do Kp, para a estimativa da ET0 no período anual foi o de Pereira et al. (1995). Para o período seco foi o proposto por Cuenca (1989). No período chuvoso todos os métodos apresentaram baixos desempenhos, no entanto, o método de Pereira et al. (1995) mostrou-se mais eficiente. Observou-se que o método do tanque Classe A não é eficiente para estimar a ET0 no período chuvoso. As análises mostraram que a adoção de um Kp fixo e constante em 0,70 resultou em elevado desempenho, principalmente nos períodos anual e seco.

ASSUNTO(S)

evapotranspiração feijão phaseolus vulgaris l. coeficientes do tanque classe a beans, water requirement, evapotranspiration, phaseolus vulgaris l., coefficients class a pan. necessidades hídricas agronomia

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