Irradiação incidental da cadeia mamária interna no câncer de mama: comparação entre a técnica convencional (bidimensional) e a técnica tridimensional
AUTOR(ES)
Leite, Elton Trigo Teixeira, Ugino, Rafael Tsuneki, Santana, Marco Antônio, Ferreira, Denis Vasconcelos, Lopes, Maurício Russo, Pelosi, Edilson Lopes, Silva, João Luis Fernandes da, Carvalho, Heloisa de Andrade
FONTE
Radiol Bras
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-06
RESUMO
Resumo Objetivo: Avaliar a irradiação incidental dos linfonodos da cadeia mamária interna (LCMIs) com campos tangenciais opostos por meio de radioterapia bidimensional (2D) convencional ou tridimensional (3D) e comparar as duas técnicas quanto aos resultados obtidos. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo com 80 pacientes com câncer de mama sem indicação de radioterapia dos LCMIs: 40 foram submetidos a radioterapia 2D com tomografia computadorizada para controle dosimétrico e 40 foram submetidos a radioterapia 3D. A dose total prescrita foi 50,0 Gy ou 50,4 Gy (2,0 ou 1,8 Gy/dia, respectivamente). Os planos de tratamento foram analisados e os LCMIs foram definidos conforme as recomendações do Radiation Therapy Oncology Group. No tocante aos LCMIs, foram analisadas a proporção do volume que recebeu 45 Gy, a proporção do volume que recebeu 25 Gy, a dose para 95% do volume, a dose para 50% do volume, a dose média, a dose mínima (Dmín) e a dose máxima (Dmáx). Resultados: Tratamentos do lado esquerdo predominaram na coorte 3D. Não houve diferenças entre as coortes 2D e 3D quanto ao estágio do tumor, ao tipo de cirurgia (mastectomia, cirurgia conservadora ou mastectomia com reconstrução imediata) ou à média do volume delineado dos LCMIs (6,8 vs. 5,9 mL; p = 0,411). À exceção da Dmín, todos os parâmetros dosimétricos apresentaram médias maiores na coorte 3D (p < 0,05). A mediana da Dmáx na coorte 3D foi 50,34 Gy. No entanto, a dose média nos LCMIs foi 7,93 Gy na coorte 2D e 20,64 Gy na coorte 3D. Conclusão: Nenhuma das duas técnicas emitiu doses suficientes aos LCMIs para que se alcançasse o controle subclínico da doença. No entanto, todos os parâmetros dosimétricos foram significativamente maiores com a técnica 3D.
ASSUNTO(S)
linfonodos/efeitos de radiação irradiação linfática neoplasias da mama radioterapia
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