Investigação dos casos de doenças febris exantemáticas com IgM reagente contra o sarampo na ausência de transmissão documentada do vírus do sarampo, Estado de São Paulo, 2000-2004

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: Revisar os casos de doenças febris exantemáticas com IgM reagente contra o sarampo, no Estado de São Paulo, Brasil, durante os cinco anos seguidos a interrupção da transmissão do vírus do sarampo. MÉTODOS: Nós revisamos 463 casos de doenças febris exantemáticas com IgM reagente contra o sarampo, no Estado de São Paulo, Brasil, de 2000 a 2004. Indivíduos vacinados contra o sarampo 56 dias antes da coleta de amostra foram considerados expostos à vacina. Soros da fase aguda e de convalescença foram testados para a evidência de infecção de sarampo, rubéola, parvovírus B19 e herpes vírus 6. Na ausência de soroconversão para imunoglobulina G contra o sarampo, casos com IgM reagente contra o sarampo foram considerados falsos positivos em pessoas com evidência de outras infecções virais. RESULTADOS: Entre as 463 pessoas com doenças febris exantemáticas que testaram positivo para anticorpos IgM contra o sarampo durante o período, 297 (64%) pessoas foram classificadas como expostas à vacina. Entre os 166 casos não expostos à vacina, 109 (66%) foram considerados falsos positivos baseado na ausência de soroconversão, dos quais 21 (13%) tiveram evidência de infecção por vírus da rubéola, 49 (30%) parvovírus B19 e 28 (17%) infecção por herpes vírus humano 6. CONCLUSÕES: Após a interrupção da transmissão do vírus do sarampo é necessária exaustiva investigação dos casos com IgM reagente contra o sarampo, especialmente dos casos não expostos à vacina. Testes laboratoriais para etiologias das doenças febris exantemáticas ajudam na interpretação destes casos.

ASSUNTO(S)

sarampo vigilância por síndrome doença exantemática

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