Investigação de fatores associados à asma de difícil controle
AUTOR(ES)
Araujo, Ana Carla Sousa de, Ferraz, Érica, Borges, Marcos de Carvalho, Terra Filho, João, Vianna, Elcio Oliveira
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-10
RESUMO
OBJETIVO: Pesquisar a freqüência dos fatores associados à asma de difícil controle. MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com diagnóstico de asma grave do ambulatório de asma do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Os pacientes foram classificados em dois grupos: asma grave controlada e asma grave de difícil controle. Após nova tentativa de otimização do tratamento para o grupo de difícil controle, foram aplicados questionário e investigação complementar de fatores associados, como exposição ambiental domiciliar e ocupacional, tabagismo, fatores sociais, rinossinusite, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), apnéia obstrutiva do sono, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), embolia pulmonar, fibrose cística, disfunção de cordas vocais, deficiência de alfa-1 antitripsina e vasculite de Churg-Strauss. RESULTADOS: Foram selecionados 77 pacientes com asma grave, dos quais 47 apresentavam asma de difícil controle, sendo 68,1% do sexo feminino, idade média de 44,4 anos (±14,4) e volume expiratório forçado no primeiro segundo de 54,7% (±18,3%). Dos diagnósticos encontrados em associação à asma de difícil controle, o mais freqüente foi a pouca adesão ao tratamento (68%). Outros foram as más condições ambientais (34%) e ocupacionais (17%), rinossinusite (57%), DRGE (49%), apnéia obstrutiva do sono (2%), ICC (2%) e tabagismo (10%). Em todos os casos, pelo menos um desses fatores concomitantes foi diagnosticado. CONCLUSÕES: O fator mais freqüente associado à asma de difícil controle nos indivíduos estudados é a pouca adesão à medicação prescrita. A investigação de co-morbidades é imperativa na avaliação de pacientes com esta forma da doença.
ASSUNTO(S)
asma tabagismo refluxo gastroesofágico cooperação do paciente rinite sinusite
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