Introdução gradativa versus introducao completa de uma contingência de variação operante em crianças

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O Experimento 1 investigou em crianças de sete anos de idade, se a forma com que uma tarefa experimental envolvendo uma contingência operante de variação foi introduzida, interferia na aquisição da variabilidade operante e no relato verbal da contingência. A tarefa experimental consistiu em fazer caminhos, do ápice à base de uma matriz piramidal visualizada no computador, a partir da pressão a duas teclas. Novos caminhos eram reforçados na sessão. Dez crianças foram aleatoriamente divididas em dois grupos. No Grupo VG a matriz foi apresentada em etapas, do primeiro ao quinto nível, nas duas primeiras sessões e nas sessões 3 a 6 somente no sexto nível. No Grupo VC a matriz foi sempre apresentada no sexto nível. Foi solicitado aos participantes que descrevessem a contingência em vigor, após o experimento. Os dois grupos aprenderam a variar seqüências de forma semelhante. Apenas duas crianças, do Grupo VC, descreveram adequadamente as contingências. O Experimento 2 verificou se a variabilidade obtida no Experimento 1 foi decorrente do reforço direto da variabilidade ou subproduto do reforço intermitente, assim como os efeitos da história de reforço sobre um padrão variável de se comportar. Foram manipuladas três condições diferentes e a ordem em que foram apresentadas aos grupos, formados por dez crianças que não participaram no experimento anterior. O Grupo VRA foi submetido a três sessões com requisição para variar seqüências (Var), seguidas de uma para repetir (Rep) e três em que a variação era permitida, mas não requerida (Aco). O Grupo ARV submeteu-se à ordem inversa, na mesma proporção de sessões. Relatos para descrever as contingências foram tomados após o experimento. Os resultados mostraram que a variabilidade em Aco e em Rep foram maiores quando antecederam Var e que a aquisição da variabilidade em Var ocorreu mais rapidamente quando Var foi apresentada no início do experimento. Este estudo permite concluir que o número de etapas com que a tarefa experimental foi introduzida não interferiu na aquisição de um repertório operante de variação, que não houve relação entre desempenho diante das contingências e relato verbal das mesmas, que houve controle operante da variabilidade e que a história de reforço interferiu no desempenho nas condições seguintes.

ASSUNTO(S)

variabilidade operante história de reforço - psicologia variability training pre-school children variabilidade comportamental treino em variabilidade - psicologia behavior variability reinforcement history comportamento - avaliação - crianças psicologia - pesquisa psicologia operant variability crianças pré-escolares

Documentos Relacionados