Intersubjetividade mãe-filho na experiência com comunicação ampliada e alternativa
AUTOR(ES)
Cesa, Carla Ciceri, Ramos-Souza, Ana Paula, Kessler, Themis Maria
FONTE
Revista CEFAC
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-02
RESUMO
OBJETIVO: escutar a percepção materna sobre a introdução e uso da prancha de comunicação ampliada e alternativa na clínica de linguagem da paralisia cerebral. MÉTODOS: foram realizadas entrevistas com um roteiro semi-dirigido e através da coletânea de narrativas foram criadas categorias de análise a partir de três pontos norteadores: a) a constituição da função materna e seu exercício junto ao sujeito com paralisia cerebral; b) a interação dialogal sob a ótica bakhtiniana; e c) os efeitos da clínica de linguagem na função materna e no diálogo das mães com seus filhos. RESULTADOS: os resultados indicam diferentes tipos de uso do recurso na díade mãe-filho, tendo relação com a qualidade do exercício da função materna e a forma de apresentação do recurso ao usuário e a sua família. Quando a concepção de linguagem com a qual é implementado o recurso não inclui a família, nem considera o exercício da função materna, os resultados na sua generalização e manutenção são precários. Nos casos em que houve o debate sobre o uso familiar da prancha, o processo de intersubjetividade do sujeito sem oralidade foi favorecido o uso e a generalização foram ampliados. CONCLUSÃO: conclui-se que a concepção de linguagem dialógica de Bakhtin, atravessada pela psicanálise, permite uma abordagem mais eficaz do recurso comunicativo investigado.
ASSUNTO(S)
comunicação paralisia cerebral terapia de linguagem linguagem relações mãe-filho
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