Interferon peguilado e ribavirina no tratamento da recorrência da hepatite C após transplante hepático: experiência de um centro de transplante hepático no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-09

RESUMO

ContextoO tratamento da infecção do vírus da hepatite C pós-transplante é um desafio devido à baixa tolerância dos pacientes e às baixas taxas de resposta.ObjetivoDeterminar a taxa de resposta ao interferon peguilado e ribavirina no tratamento da recorrência da hepatite C após transplante de fígado.MétodosEntre 18 de maio de 2002 e 18 de dezembro de 2011, 601 pacientes realizaram transplante hepático no Hospital Universitário Walter Cantídio, 176 (29,2%) desses eram infectados pelo vírus da hepatite C. Quarenta pacientes receberam terapia antiviral e foram incluídos nesse estudo. Vinte e sete (70%) completaram o protocolo de tratamento, que consistia de interferon peguilado e ribavirina por 48 semanas.ResultadosA taxa de resposta virológica sustentada foi de 55% de acordo com a análise por intenção de tratar. A idade dos receptores e a exposição prévia ao transplante de antivirais foram fatores associados com a resposta virológica sustentada na análise multivariada. Pacientes foram acompanhados por 57 meses em média. A sobrevida em 1 e 5 anos foi de 100% em respondedores, enquanto que em não respondedores foi de 100% e 78% respectivamente.ConclusãoA resposta virológica sustentada foi satisfatória na série de pacientes transplantados e diminuiu com o aumento da idade. A não exposição prévia ao transplante a drogas antivirais teve impacto positivo na chance de resposta virológica sustentada. A sobrevida global foi similar em respondedores e não respondedores.

ASSUNTO(S)

hepatite c crônica antivirais transplante de fígado resposta virológica sustentada

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