INTERFERÊNCIA ALELOPÁTICA DE EXTRATOS DE Hovenia dulcis Thunb. NA GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan / ALLELOPATHIC INTERFERENCE OF EXTRACTS OF Hovenia dulcis Thunb. IN GERMINATION AND EARLY GROWTH OF SEEDLINGS OF Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/08/2011

RESUMO

Este trabalho apresenta um ensaio da influência de extratos etanólicos das folhas, cascas, raízes, pseudofrutos e sementes de plantas jovens e adultas de Hovenia dulcis Thunb. obtidos pelos métodos de maceração e percolação sobre a germinação de sementes e crescimento inicial de plântulas de Parapitadenia rigida (Benth.) Brenan, em testes com quatro concentrações, 25%, 50%, 75% e 100% mais a testemunha (0%). O material morfológico de Hovenia dulcis foi obtido de povoamento homogêneo de 2,8 ha, implantado em espaçamentos de 5 x 5 m, na Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária FEPAGRO Floresta, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. As concentrações consideradas como 100% do extrato bruto foram preparadas na proporção de 0,1 g de extrato seco por mL de etanol p.a. 95%. A partir da concentração mais concentrada do extrato bruto (concentração de 100%) foram obtidas as concentrações de 25%, 50% e 75%. Para o bioteste de germinação, os substratos com as sementes de Parapiptadenia rigida foram umedecidos com 0,302 ml/célula com os extratos nas diferentes concentrações, mais a testemunha (0%) com água destilada também com 0,303 mL/célula. O experimento foi conduzido em quatro repetições de 24 sementes (por célula) de Parapiptadenia rigida distribuídas em recipientes transparentes com substratos de papel mataborrão recortados em discos. Os recipientes foram mantidos em câmara climatizada tipo BOD, com fotoperíodo constante de 12 h, com isotermal em 25o 2oC e irradiância de 45 μmol.m.s-1 por cinco dias. Para os bioensaios de crescimento inicial foram feitas quatro repetições de 10 sementes (uma por célula). Após a germinação, as plântulas foram transplantadas para recipientes com células espaçadas em substratratos de vermiculita (60%) mais Plant-Max (40%), umedecidos com 3 ml/célula de todas as concentrações dos extratos, mantidas em câmera climatizadas tipo BOD nas mesmas condições descritas para germinação das sementes, por 14 dias. Os extratos obtidos de folhas adultas de Hovenia dulcis tanto pelos métodos de maceração e percolação na concentração de 100% foram os extrativos que mais afetaram a percentagem de germinação de sementes de Parapiptadenia rigida, resultando em plântulas anormais, embora tenha sido observada redução da percentagem de germinação a partir da concentração de 50%. Na concentração de 25% ocorreu efeito de hormese tanto no hipocótilo como na radícula das plântulas. Para os bioensaios de crescimento inicial das plântulas, os extratos da raiz adulta, obtidos pelos dois métodos de extração, foram os que mais influenciaram no desenvolvimento da radícula, do hipocótilo e da massa seca das plântulas de Parapiptadenia rigida, iniciando anormalidades e morte das plântulas a partir da concentração de 50%. De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que a espécie Hovenia dulcis causa efeito alelopático de extratos na germinação e crescimento inicial de plântulas de Parapiptadenia rigida.

ASSUNTO(S)

extrativos vegetais metabólitos secundários aleloquímicos uva-do-japão alelopatia recursos florestais e engenharia florestal grape-of-japan allelopathy allelochemicals secondary metabolites plant extracts

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