Interdição e invisibilidade nas representações cinematográficas: a geográfica doméstica das empregadas em Que horas ela volta? e Aquarius1

AUTOR(ES)
FONTE

Galáxia (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

07/11/2019

RESUMO

Resumo O emprego doméstico se configurou historicamente como um espaço de permanência de práticas coloniais, atravessado por hierarquias da ordem de gênero, classe social e identidades étnico-raciais. Produto direto da escravidão e organizado às margens das relações trabalhistas, a profissão é marcada por preconceitos sociais e econômicos. A agente social, empregada doméstica, foi representada pelo cinema e TV como coadjuvante e subalterna, ocupando um lugar periférico e silenciada pelas relações de poder que caracterizavam o espaço da família burguesa. Recentemente alguns filmes nacionais têm problematizado o local ocupado pela doméstica dentro do lar. A partir de uma reflexão sobre espaços, territórios e mobilidades, pretendemos abordar neste artigo dois filmes que mostram as tensões na relação entre empregadas e patroas na casa/família, Que horas ela volta? e Aquarius.Abstract Household employment has been historically configured as a space of colonial practices, crossed by hierarchies of gender, social class and ethnic-racial identities. A direct product of slavery and organized on the margins of labor relations, the profession is marked by social and economic prejudices. The social agent, the maid, was represented by the cinema and TV as secondary and subordinate , occupying a peripheral place and silenced by the relations of power that characterized the space of the bourgeois family. Recently some national films have discussed the place occupied by the maid within the home. From a reflection on spaces, territories and mobilities, we intend to address in this article two films that show the tensions in the relationship between maids and employers in the home / family, Que horas ela volta? and Aquarius.

Documentos Relacionados