Interação rocha-fluido na fase de recuperação suplementar e seus reflexos nas propriedades das rochas : exemplos na Bacia Potiguar
AUTOR(ES)
Eduardo Eidelwein
DATA DE PUBLICAÇÃO
1992
RESUMO
O principal objetivo desta investigação é estudar os efeitos da interação entre águas de injeção e de formação, em três reservatórios sob operações de recuperação suplementar, situados em campos petrolíferos da porção emersa da Bacia Potiguar. Foram utilizados de dados rocha e fluidos destes reservatórios, complementado com informações de produção e de macrogeometria. Foram efetuadas modelagens geoquímicas, baseadas em princípios de química de soluções eletrolíticas e de equilíbrio termodinâmico. Para a modelagem, foram utilizados programas geoquímicos apropriados - SOLMIN88, PTA System e programa PETROBRAS/CENPES. O programa SOLMIN88 permite calcular a distribuição das espécies dissolvidas e simular processos de interesse geoquímico entre águas, minerais e gases. OPTA System é apropriado para calcular e desenhar diagramas de fase, que são utilizados na determinação dos campos de estabilidade das reações entre minerais, gases e espécies dissolvidas. O programa de compatibilidade entre fluidos, da PETROBRÁSICENPES, permite estimar qualitativa e quantitativamente precipitações de carbonatos e sulfatos. A modelagem geoquírnica foi testada nos arenitos turbidíticos, deltaicos (Formação Pendência) e fluviais (Formação Açu) em fase de recuperação suplementar, denominados de reservatórios A, B e C respetivamente. Através da modelagem foi possível estabelecer que as reações de minerais, presentes no espaço poroso, estão controlando as concentrações de solutos e o pH das águas intersticiais. As fases mais reativas correspondem aos filossilicatos e aos carbonatos diagenéticos, que controlam o pH das águas intersticiais no Reservatório C. Foram determinados os campos de estabilidade de alguns minerais presentes nestes reservatórios. Nos reservatórios A e B, a clorita e os carbonatos formam fases estáveis, sendo as esmectitas metastáveis. No Reservatório C, a ilita e as esmectitas constituem as formas estáveis, sendo a caulinita metastável. Foi avaliada a utilização da solubilidade da sílica como geotermômetro no Reservatório C. As amostras mostraram-se compatíveis com a dissolução da calcedônia para baixas temperaturas e do quartzo para as altas, tornando viável o monitoramento de temperaturas em reservatórios submetidos a processos de recuperação termal. Os diagramas de misturas mostram que carbonatos de cálcio e de magnésio são fases supersaturadas, nas misturas com altas proporções de fluidos. Nos reservatórios A e B, foram adicionalmente calculadas supersaturações em barita, principalmente para aquelas com altas proporções de água de injeção. As quantidades precipitáveis podem ser pouco significativos, devido às baixas vasões registradas nos poços produtores destes reservatórios.
ASSUNTO(S)
petrologia diogenesis reservatorios
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000055320Documentos Relacionados
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