Instrumentos financeiros derivativos: gestão de risco em empresas brasileiras não financeiras e os efeitos das alterações advindas do CPC 14/2008 e instrução CVM N°475/2008
AUTOR(ES)
Nirlene Aparecida Carneiro Fernandes
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/08/2011
RESUMO
O mercado de derivativos vem ganhando importância no contexto econômico mundial, demandando procedimentos contábeis que evidenciem corretamente os riscos e os benefícios envolvidos em tais operações. Destacase que o papel desses instrumentos como meios de gestão e controle de riscos é fundamental na medida em que permitem a transferência de riscos entre agentes diversos. Dada a importância que as operações com derivativos podem ter na saúde financeira da companhia e a recente regulamentação destas operações, que exige maior transparência em relação aos riscos gerenciados por derivativos, torna-se questionável quais os efeitos da recente regulamentação brasileira de derivativos sobre a gestão de risco das companhias brasileiras não financeiras. Desse modo, o objetivo geral do estudo consistiu em examinar os efeitos decorrentes das mudanças no reconhecimento, mensuração e divulgação dos instrumentos financeiros derivativos, advindas do CPC 14/08 e da instrução CVM n° 475/08, sobre a gestão de riscos das companhias brasileiras não financeiras listadas na BM&FBOVESPA, no período posterior à recente regulamentação, os exercícios findos em 2008 e 2009. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva-explicativa, com abordagem quantitativa, utilizando como técnicas de coleta de dados a análise de conteúdo e a pesquisa documental. Os documentos analisados foram as Demonstrações Financeiras das companhias não financeiras listadas na BM&FBOVESPA em 25 de maio de 2010, sendo a amostra final constituída de 42 companhias usuárias de derivativos e 42 companhias não usuárias de derivativos. Como resultado verificouse que as classes de risco mais gerenciadas com derivativos no Brasil são a exposição cambial, a taxa de juros e os preços de Commodities, nesta ordem; as companhias brasileiras não financeiras utilizam derivativos com o propósito principal de gerenciar riscos, e não com fins especulativos; e, de uma maneira geral, foi constatado que a recente regulamentação de derivativos não teve efeito significativo para as companhias classificadas como hedgers eficazes mas reduziu a exposição ao risco das companhias classificadas como hedgers ineficazes / especuladoras. Concluiuse que a recente regulamentação de derivativos não vem apresentando efeitos significativos para as companhias classificadas como hedgers eficazes mas tem reduzido a exposição ao risco das companhias classificadas como hedgers ineficazes / especuladoras
ASSUNTO(S)
derivativos (financas) teses brasil risco teses
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8R8PVSDocumentos Relacionados
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