Insetos indutores de galhas das florestas decidual e semidecidual no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Iheringia, Sér. Zool.

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/06/2018

RESUMO

RESUMO Galhas são alterações específicas induzidas por insetos sobre órgãos das plantas principalmente através de aumento no número e/ou tamanho das células vegetais. A diversidade de galhas é reconhecível em campo porque os galhadores são na sua vasta maioria espécie-específicos e assim cada morfotipo de galha serve como proxy para uma espécie de galhador. Insetos galhadores são virtualmente desconhecidos nas florestas estacionais deciduais e semideciduais do sul do Brasil. Galhas e plantas hospedeiras foram inventariadas entre 2015 e 2017 em quarto fragmentos florestais do Estado do Rio Grande do Sul nestas duas formações vegetacionais, em áreas com sucessão secundária e sob restauração. Foram encontrados 89 morfotipos de galhas, com galhadores pertencentes a Lepidoptera e Diptera, com os últimos representados principalmente por Cecidomyiidae. As galhas estiveram associadas a 46 espécies de plantas em 27 famílias. Asteraceae, Piperaceae, Fabaceae, Myrtaceae e Lauraceae foram as famílias mais ricas em termos de galhas, sendo Piper aduncum e Mikania glomerata considerados super-hospedeiras. A maioria das galhas ocorreu em folhas e ramos. As formas mais comuns foram fusiforme, globoide e lenticular. Dos morfotipos de galhas registrados, 48 são novos para o Rio Grande do Sul e o Brasil, um número expressivo considerando que somente dois tipos de florestas foram amostradas em um número restrito de pontos amostrais, demonstrando a importância de levantamentos para esta fauna quase desconhecida tanto em termos taxonômicos quanto ecológicos.

ASSUNTO(S)

interação inseto-planta planta-hospedeira morfotipo riqueza de galhas

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