Insatisfação corporal em frequentadoras de academia

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

RESUMO Objetivo O presente estudo analisou o nível de insatisfação corporal em mulheres frequentadoras de academias na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, avaliando como a insatisfação se distribuiu e quais seus fatores associados. Métodos Nas 26 academias sorteadas aleatoriamente foram entrevistadas 257 mulheres entre setembro de 2014 a janeiro de 2015. As participantes responderam a um questionário incluindo o desfecho insatisfação corporal (Body Shape Questionnaire – BSQ-34), qualidade de vida (WHOQOL-Bref) e características comportamentais, socioeconômicas e demográficas. Resultados Do total de mulheres entrevistadas, 21,4% (IC95% 16,5 – 26,9) apresentaram algum tipo de insatisfação corporal (escore maior ou igual a 110 pontos). O valor médio do escore BSQ foi de 85,6 (DP ±27,4). Ao todo, 67,3% das mulheres afirmaram que o principal motivo que as levou a praticar exercícios foi a estética, e 63,8% tinham a intenção de fazer cirurgia plástica. Após a análise bivariada foi realizada análise multivariável por regressão linear. Permaneceram associadas ao desfecho as variáveis: praticar exercícios por motivos estéticos (p = 0,005); índice de massa corporal (p < 0,001); autopercepção de saúde (p = 0,002); intenção de fazer cirurgia plástica (p = 0,005); e WHOQOL-Bref (p < 0,001). Conclusões Por fim, apesar de a prevalência de insatisfação corporal do presente estudo não ter apresentado valores alarmantes (21,4%), possivelmente devido à rigorosidade do instrumento utilizado, ainda é um tema atual e de crescente interesse de pesquisa. Estudos complementares se fazem necessários para melhor compreender a autopercepção da imagem corporal, especialmente entre mulheres.

ASSUNTO(S)

exercício físico mulheres imagem corporal qualidade de vida estética

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