Inquérito sorológico para a infecção por Toxoplasma gondii em ameríndios isolados, Mato Grosso
AUTOR(ES)
Amendoeira, Maria Regina Reis, Sobral, Cleide Aparecida Queiroz, Teva, Antonio, Lima, Josué Nazareno de, Klein, Carlos Henrique
FONTE
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-12
RESUMO
Este estudo determinou a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em população indígena do Mato Grosso, os Enawenê-Nawê. Estes habitam uma vasta região selvagem, com raros contatos com não-índios. Não apresentam animais domésticos, inclusive gatos. A dieta é baseada em insetos, mandioca, milho, mel e fungos e não se alimentam de carne, exceto de peixe. Com base no exposto, desenvolveu-se análise sorológica, por meio de ELISA - IgG e IFI - IgG e IgM. De 148 soros, 80,4% foram ELISA ou IFI- IgG positivos. Não foram detectados casos de IgM reagentes. Nesse grupo as taxas de soropositividade aumentaram significativamente com a idade, de 50% a 95%. Analisando-se os hábitos e costumes, aliados à alta soropositividade encontrada, sugere-se que a presença de felinos silvestres nas imediações da aldeia e coleções de água poderia ter papel importante como fonte de infecção, contaminando o solo e, conseqüentemente, os insetos e fungos consumidos pelos índios.
ASSUNTO(S)
populações indígenas epidemiologia toxoplasmose
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