Inoculação de Lacazia loboi em camundongos BALB/c
AUTOR(ES)
MADEIRA, Suzana, OPROMOLLA, Diltor Vladimir Araújo, BELONE, Andréa de Faria Fernandes
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-10
RESUMO
Em trabalho anterior, os autores inocularam camundongos Suíços com o Lacazia loboi (L. loboi) conseguindo a manutenção de um infiltrado granulomatoso e células fúngicas viáveis por até um ano e 6 meses após a inoculação. Considerando-se trabalhos experimentais realizados na paracoccidioidomicose, eles inocularam 0,03 ml de suspensão fúngica, obtida de biópsia de lesão de um paciente portador da doença de Jorge Lobo, em ambos coxins plantares traseiros de 32 camundongos BALB/c, de ambos os sexos e com 6 semanas de idade. Os animais foram sacrificados com 1, 4, 7 e 10 meses pós-inoculação. A suspensão possuía 1.3x10(6) de fungos/ml e 38% de índice de viabilidade. Após 7 meses de inoculação a maioria dos animais já apresentava um infiltrado exuberante constituído por histiócitos isolados, células gigantes tipo corpo estranho e tipo Langhans, grande quantidade de fungos, na sua maior parte viáveis; no 8º mês observou-se o aparecimento de lesões macroscópicas. Tendo como base a contagem do número de fungos, índice de viabilidade antes e após inoculação, presença de lesões macroscópicas e achados histopatológicos semelhantes ao humano, os autores acreditam que os camundongos BALB/c possam se constituir em um bom modelo experimental para o estudo da doença de Jorge Lobo, principalmente com relação às pesquisas terapêuticas.
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