Innateness and the instinct to learn

AUTOR(ES)
FONTE

Anais da Academia Brasileira de Ciências

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-06

RESUMO

O conceito de inato estava no cerne da abordagem de Darwin ao comportamento assim como no das teorias etológicas de Lorenz e, pelo menos inicialmente, de Tinbergen. Depois, Tinbergen deu uma reviravolta e, durante mais ou menos vinte anos, o termo ''inato'' tornou-se altamente suspeito. Tinbergen atribuiu sua mudança à famosa crítica de Lehrman, em 1953, segundo a qual classificar comportamentos como inatos não traz informação alguma a respeito de seu desenvolvimento. Embora muitas das críticas de Lehrman sejam relevantes, tentarei mostrar que a mudança de enfoque também gerou sérios equívocos que acabaram prejudicando o progresso da pesquisa sobre o desenvolvimento do comportamento. O conceito de ''instintos para aprender'', reforçado por teorias recentes de geneticistas a respeito da plasticidade fenotípica, abre um caminho para a superação de algumas das controvérsias que Lehrman originou. Estudos em bioacústica, em particular sobre a aprendizagem do canto em aves, confirmam alguns dos temores de Lehrman a respeito do termo ''inato'', mas também mostram que ele restringiu, sem discernimento, a relevância da determinação genética. O progresso espetacular da genética molecular e da genética do desenvolvimento fornece a base para uma melhor apreensão da complexidade existente até nas noções mais simples de comportamento inato, o que é necessário para que possamos entender a ontogênese do comportamento.

ASSUNTO(S)

inato aprendizagem do canto plasticidade fenotípica genética comportamental as quatro perguntas de tinbergen

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