Injustiça percebida e a intensidade de dor em pacientes com dor musculoesquelética crônica: estudo transversal

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Até o presente momento, não existem dados sobre a percepção de injustiça em pessoas com dor musculoesquelética no Brasil. O presente estudo avaliou a percepção de injustiça em pessoas com dor musculoesquelética crônica e a sua associação com a intensidade de dor. MÉTODOS: Foram coletadas informações referentes à identificação e experiência de injustiça utilizando o Questionário de Injustiça Percebida e a intensidade da dor utilizando a escala numérica da dor. Foi realizada a análise descritiva dos dados. O teste de correlação de Pearson foi utilizado para se verificar a correlação entre a intensidade de dor e a injustiça percebida. O nível de significância adotado foi de alfa=95%. RESULTADOS: Foram incluídos 110 pacientes com dor musculoesquelética crônica, sendo 94 mulheres com média de idade de 62,9±14,9 anos. A média da injustiça percebida foi de 19,45±11,68 de um total de 48 pontos. A intensidade média de dor foi 6,39±2,48. A correlação entre a intensidade de dor e a injustiça percebida foi de r=0,23 [IC (95%) = 0,04 a 0,40; p=0,008]. A correlação entre culpa e injustiça e a intensidade de dor foi de r=0,16 (p=0,08). Para o domínio gravidade e irreparabilidade foi de r=0,28 (p=0,003). CONCLUSÃO: Os pacientes com dor musculoesquelética crônica apresentam baixos níveis de injustiça percebida. A pontuação total e o domínio de gravidade e irreparabilidade do instrumento de injustiça percebida apresentaram correlação fraca com a intensidade de dor.

Documentos Relacionados