Iniquidades socioeconômicas em nascimentos prematuros em quatro estudos brasileiros de coortes de nascimento
AUTOR(ES)
Sadovsky, Ana Daniela Izoton de, Matijasevich, Alicia, Santos, Iná S., Barros, Fernando C., Miranda, Angelica Espinosa, Silveira, Mariangela Freitas
FONTE
J. Pediatr. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-02
RESUMO
Resumo Objetivo: Analisar a iniquidade econômica (absoluta e relativa) decorrente da renda familiar na ocorrência de prematuros no Sul do Brasil. Métodos: Foram feitos quatro estudos do tipo coorte de nascimentos em 1982, 1993, 2004 e 2011. A exposição principal foi a renda familiar mensal e o desfecho foi nascer prematuro. Foram calculadas as iniquidades através do slope index of inequality e o relative index of inequality, ajustados por cor da pele, escolaridade, idade e estado civil maternos. Resultados: Houve aumento da prevalência de prematuros de 5,8 para 14% (p de tendência < 0,001). O prematuro tardio foi a maior proporção encontrada dentre os que nasceram prematuros em todos os estudos, embora com taxas reduzidas ao longo dos anos. A análise do slope index of inequality demonstrou iniquidade decorrente de renda nos estudos de 1993, 2004 e 2011. Após ajuste, apenas o estudo de 2004 manteve a diferença entre os mais pobres e os mais ricos, que foi de 6,3 pontos percentuais. Através do relative index of inequality, observou-se que, em todos os estudos, as mães mais pobres tiveram maior chance de ter prematuros, em comparação com as mais ricas. O ajuste para fatores de confusão demonstrou a manutenção dos mais pobres com maior chance do desfecho apenas em 2004. Conclusão: No modelo final, iniquidades econômicas decorrentes da renda foram encontradas no nascimento de prematuros apenas em 2004, apesar da manutenção de maior ocorrência da prematuridade na população mais pobre, em todos os estudos.
ASSUNTO(S)
desigualdades renda fatores socioeconômicos pobreza prematuro
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