Ingestão habitual de alimentos entre indivíduos do Município de São Paulo - estudo de base populacional / Habitual food intake among individual from São Pulo - Brazil a population-based survey

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/01/2012

RESUMO

Introdução: A estimativa da ingestão habitual de alimentos requer o uso de técnicas estatísticas apropriadas. Para alguns alimentos, é possível observar consumo igual a zero em um ou vários dias de coleta, mesmo em indivíduos que os consomem periodicamente. Assim, os métodos devem ser capazes de tratar duas questões: 1) a distribuição com zero inflacionado; e 2) a correlação existente entre a probabilidade de consumir um alimento e a quantidade (tamanho da porção) consumida do mesmo. Objetivo: Investigar aspectos metodológicos do um método para estimar o consumo habitual de alimentos, bem como sua aplicação em estudo na população. Métodos: Inicialmente, utilizando amostra do National Health and Nutrition Examination Survey 2007-2008, foram estimadas distribuição do consumo habitual de vegetais verdes escuros a partir de amostras de diferentes tamanhos e diferentes percentuais de indivíduos com dois recordatórios de 24 horas (R24h). Posteriormente, foram utilizados dados do Inquérito de Saúde de São Paulo, estudo transversal, de base populacional, (n=716), cujos participantes responderam dois R24 horas e um questionário de freqüência alimentar (QFA). Verificou-se o efeito da inclusão do QFA como co-variável na melhora da predição do modelo do consumo de alimentos. Por fim, utilizando modelagem bivariada, estimou-se a ingestão habitual de porções de grupos alimentares recomendado pelo Guia Alimentar para População Brasileira, e calculou-se o percentual de indivíduo que não atingiram a recomendação. Para os três propósitos, a ingestão habitual foi estimada pelo método do National Cancer Institute. Resultados: A precisão das estimativas de consumo habitual reduziu quando menores taxas de replicação foram utilizadas. Para estudos que objetivam o cálculo da média ou o percentual de indivíduos com consumo abaixo de um dado ponto de corte, a redução da precisão pode não representar um importante viés. Para alimentos com elevado percentual de não consumidores, a inclusão simultânea do QFA e de uma variável indicadora de consumo resultou em melhor predição, ressaltando que a inclusão de somente a variável indicadora já se mostrou satisfatória. O percentual de indivíduos com consumo habitual das porções dos grupos de alimentos abaixo do recomendado pelo Guia Alimentar foi: 88 por cento para cereais, tubérculos, raízes e derivados; 43 por cento para feijões; 11 por cento para carnes e ovos; 100 por cento para leite e derivados; 95 por cento para frutas e sucos de frutas naturais; 72 por cento para legumes e verduras; 83 por cento para açúcares e doces; e 93 por cento para óleos, gorduras e sementes oleaginosas

ASSUNTO(S)

nutrição consumo alimentar epidemiologia epidemiology food intake nutrition

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