“Infrastructural geopolitics” of climate knowledge: the Brazilian Earth System Model and the North-South knowledge divide
AUTOR(ES)
Miguel, Jean Carlos Hochsprung
FONTE
Sociologias
DATA DE PUBLICAÇÃO
02/09/2019
RESUMO
Resumo Este artigo examina como a geopolítica se insere nos esforços das nações do Sul de construção de novas infraestruturas de conhecimento climático. Para tanto, analisa-se a composição da base internacional de modelagem climática do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), sob a perspectiva do Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (BESM) - projeto científico que colocou um país latino-americano, pela primeira vez, entre as bases globais de modelagem do IPCC. Argumenta-se que, para além da ideia de “globalismo infraestrutural” - processo histórico de cooperação científica global liderado por países desenvolvidos -, é preciso também compreender a “geopolítica infraestrutural” dos modelos climáticos. Este conceito procura descrever as ações dos países em desenvolvimento para minimizar o desequilíbrio da produção científica global sobre o tema do clima e a participação desses países na governança e na política climática global. Conclui-se que, a partir da análise da construção do BESM, os investimentos nacionais em modelagem global visaram alcançar uma condição de soberania científica que está estreitamente ligada a uma noção de soberania política do Estado-nação no regime internacional de mudanças climáticas.Abstract This article examines how geopolitics are embedded into the efforts of Southern nations that try to build new climate knowledge infrastructures. It achieves this through an analysis of the composition of the international climate modelling basis of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), viewed from the perspective of the Brazilian Earth System Model (BESM) - the scientific project which placed a Latin American country for the first time inside the global modelling bases of the IPCC. The paper argues that beyond the idea of “infrastructural globalism”, a historical process of global scientific cooperation led by developed countries, we also need to understand the “infrastructural geopolitics” of climate models. This concept seeks to describe the actions of developing countries towards minimizing the imbalance of global climate scientific production, and how these countries participate in global climate governance and politics. The analysis of the construction of BESM suggests that national investments in global climate modelling were aimed at attaining scientific sovereignty, which is closely related to a notion of political sovereignty of the nation-state within the international regime of climate change.
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