Influência dos sintomas pré-procedimento na evolução hospitalar e tardia das angioplastias carotídeas com implante de stent e sistemas de proteção cerebral
AUTOR(ES)
Esteva, Andrés Gustavo Sánchez, Kambara, Antonio M., Moreira, Samuel M., Mendes, Alaor, Chaves, Áurea J., Cano, Manuel N., Staico, Rodolfo, Mattos, Luiz A., Abizaid, Alexandre, Feres, Fausto, Sousa, Amanda G. M. R., Sousa, J. Eduardo M. R.
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
INTRODUÇÃO: A doença carotídea aterosclerótica (DCA) é responsável por 40% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC). Apesar de a intervenção carotídea percutânea (ICP) ser uma alternativa à endarterectomia, ainda há poucos dados disponíveis comparando a ICP em pacientes assintomáticos (PAS) versus sintomáticos (PS). O objetivo desta análise foi avaliar essa questão em um grupo consecutivo de pacientes. MÉTODO: Foram realizadas 262 ICP em 230 pacientes consecutivos, 61 (26,5%) PAS versus 169 (73,5%) PS. A angiografia carotídea quantitativa (ACQ) foi realizada pré e pós-procedimento e o seguimento clínico, na fase hospitalar e aos 6 e 12 meses. RESULTADOS: As características demográficas foram similares entre os dois grupos, sendo 31% diabéticos. Obtivemos sucesso primário em 100% dos casos, com ausência de complicações maiores em ambos os grupos. Na análise com ACQ, o diâmetro de estenose foi maior no grupo PAS (83,4 ± 7,6% vs. 74,9 ± 12,5%; p < 0,01), mas o grupo PS apresentou lesões mais longas (18,3 ± 5,7% vs. 21,7 ± 7,4%; p < 0,01). Aos 30 dias, não houve diferença na incidência de AVC maior (1,8 vs. 2,0%; p = 0,45) ou menor (0 vs. 1,4%; p = 0,19) entre os grupos PAS e PS, respectivamente. Entre 1-12 meses, não houve casos de AVC adicionais em ambos os grupos. Constatou-se somente um caso tardio de revascularização da lesão-alvo no grupo PS e nenhuma morte de causa neurológica foi observada tanto no grupo PAS como no grupo PS. CONCLUSÃO: A ICP é uma técnica segura e eficaz, com baixa incidência de complicações aos 30 dias e 12 meses. A incidência de óbito, AVC e revascularização da lesão-alvo foi similar entre os dois grupos.
ASSUNTO(S)
angioplastia aterosclerose contenedores doenças das artérias carótidas
Documentos Relacionados
- Evolução hospitalar e tardia pós-implante de stent coronariano em paciente com angina instável e síndrome mielodisplásica
- Técnica de implante de stent coronário com e sem pré-dilatação: elucidação das bases fisiopatológicas pós-procedimento
- Intervenções para o Controle do Ritmo em Pacientes com Fibrilação Atrial – Anticoagulação Pré-Procedimento e Utilidade da Avaliação por Imagem do Átrio Esquerdo
- Técnica de proteção cerebral na angioplastia e "stent" de carótida: um procedimento eficaz contra embolia
- Estudo prospectivo comparativo entre a endarterectomia e a angioplastia com stent e proteção cerebral no tratamento das lesões ateroscleróticas carotídeas: resultados em 30 dias