Influência do tempo e dose de heparina em modelo de peritonite aguda
AUTOR(ES)
Dayse Santos Arimatéia
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/08/2011
RESUMO
Nos últimos anos, a heparina vem sendo alvo de vários estudos relacionados à inflamação, devido sua capacidade de se ligar a diversas proteínas envolvidas com a resposta imune. Recentemente, em nosso laboratório, foi demonstrada, em modelo de peritonite induzida por tioglicolato, a capacidade da heparina em reduzir o influxo celular à cavidade peritoneal, 3 horas após o estímulo inflamatório. No presente trabalho, utilizando o mesmo modelo, foi avaliada a capacidade da heparina em interferir na infiltração leucocitária após 8 horas da indução da inflamação, momento em que a infiltração neutrofílica é máxima. Utilizando contagem diferencial celular, avaliou-se a influência da heparina sobre as populações celulares envolvidas na inflamação. Oito horas após o estímulo inflamatório, apenas a dosagem de heparina de 1 μg/Kg, manteve a capacidade de interferir na migração leucocitária, apresentando 62,8% de diminuição (p <0,001) no influxo celular, quando comparada ao controle positivo. Enquanto para a dosagem de heparina de 15 μg/Kg foi observado efeito pró-inflamatório no sangue total verificado pelos aumentos de 60,9% (p <0,001) e 117,8% (p <0,001) na proporção de neutrófilos e monócitos, respectivamente, em comparação ao controle positivo. Além disso, essa dosagem também apresentou proporção neutrofílica no líquido peritoneal 27,3% maior que o controle positivo (p <0,05). Essa dualidade entre efeitos anti- e pró-inflamatório nos diferentes tempos e doses analisados corroboram dados da literatura que atribuem à heparina um papel como imunomodulador pleiotrópico.
ASSUNTO(S)
peritonite heparina inflamação leucócitos. bioquimica inflammation heparin peritonitis leukocytes.
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