Influência do tempo e do meio de transporte no isolamento de fungos patogênicos de biópsias de pele

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-04

RESUMO

FUNDAMENTOS: Não está definido como o meio de transporte e o intervalo de tempo até o processamento final interferem no isolamento de fungos patogênicos em material obtido de biópsias de pele. OBJETIVOS: Determinar o efeito da inoculação tardia de biópsias de pele, transportadas em diferentes meios líquidos, na taxa de isolamento de fungos patogênicos. MÉTODOS: De 47 pacientes com lesões cutâneas suspeitas de micoses invasivas obtiveram-se 278 biópsias das lesões. Cada biópsia foi transportada em frascos com caldo Sabouraud com cloranfenicol ou solução salina de cloreto de sódio e inoculada em ágar Sabouraud após 48-72 horas (precoce) ou após 72 horas até sete dias (tardio), constituindo-se quatro grupos de estudo. RESULTADOS: As medianas das taxas de isolamento dos quatro grupos de esporotricose foram 100% e de paracoccidioidomicose foram 84% e 50% nos grupos precoces/solução salina ou caldo Sabouraud e 64% e 84% nos grupos tardios/solução salina ou caldo Sabouraud, respectivamente (p=0,88). Baixas taxas de contaminação resultaram em especificidade diagnóstica de 82% para doenças não fúngicas. CONCLUSÕES: Biópsias de pele podem ser transportadas em caldo Sabouraud ou solução salina por períodos de até sete dias, à temperatura ambiente, sem afetar a viabilidade dos fungos.

ASSUNTO(S)

esporotricose fungos fungos meios de cultura meios de cultura micoses micoses paracoccidioidomicose

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