Influencia do silano na resistencia a tração de cimentos resinosos unidos a procelana

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação do si/ano na resistência a tração de três cimentos resinosos. Foram confeccionados 168 discos de porcelana (Duceram). Os discos de porcelana foram embutidos, desgastadas com lixas de granulação 220 e 600 e limpos em ultra-som. Os discos cerâmicos foram divididos em 3 grupos contendo 56 amostras. No Grupo I foi usado o Cimento Enforce; Grupo 11, Cimento Variolink 1/; Grupo 111, Cimento Opal. Metade das amostras de cada grupo foi tratada com o respectivo agente de silanização de cada cimento resinoso usado de acordo com as instruções de cada fabricante, seguido da aplicação do adesivo e cimento resinoso. A outra metade das amostras não recebeu o tratamento com o silano, apenas a aplicação do adesivo e cimento resinoso. A seguir, os discos cerâmicos, aos pares, foram posicionados em uma matriz com a superfície tratada voltada uma para a outra para o procedimento de fixação com o cimento resinoso. Desta forma, a resina foi fotopolimerizada por 160 segundos e os corpos-de-prova armazenados por 24 horas a 37° C e 100% de umidade relativa. A seguir, com o auxílio de uma matriz metálica, corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de tração em uma máquina de ensaio universal INSTRON (modelo 4411) a uma velocidade de 1 mm/min. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey. As médias dos resultados obtidos foram as seguintes: Grupo I, sem si/ano = 6,30 MPa; com silano = 7,81 MPa; Grupo 11, sem silano = 3,76 MPa, com silano = 6,11 MPa; Grupo 111, sem silano = 4,46 MPa; com silano = 6,31 MPa. Após o ensaio de resistência a tração, as superfícies das amostras de porcelana foram examinadas em uma lupa estereoscópica Carl Zeiss (Carl Zeiss do Brasil), com 25 aumentos, determinando um predomínio de fraturas coesivas no corpo da porcelana para as amostras do Grupo I e de fraturas adesivas e coesivas no cimento para os grupos 11 e 111. O padrão de fratura foi documentado através de fotomicrografias realizadas com o auxílio de um microscópio eletrônico de varredura (Zeiss DS M 960, Germany). Foi concluído que: (1) Os valores médios de resistência à tração obtidos para os corpos-de-prova tratados com o agente de silanização foram estatisticamente superiores (p<0,05) aos grupos de corpos-de-prova que não receberam o tratamento independente do sistema resinoso. (2) Os valores médios de resistência á tração obtidos para o grupo I (Enforce) foram estatisticamente superiores à aqueles obtidos para os grupos 11 (Variolink) e 111 (Opal) que não apresentaram diferença estatística significante entre si (P>0,05). (3) O padrão de fratura apresentado pelos corpos-de-prova do grupo I (Enforce) foi predominantemente coesivo no corpo da porcelana mesmo nos corpos-de-prova que não foram tratados com o silano. Para o material Variolink /I (Grupo 11), a maioria das amostras que não receberam silano, apresentou padrão de fratura adesivo e o padrão misto (adesivo e coesivo no cimento) foi observado nas amostras silanizadas. No grupo 111 (Opal), o padrão de fratura misto foi predominante .para as amostras que receberam ou não à aplicação do silano

ASSUNTO(S)

ceramica odontologica cimentos dentarios odontologia resistencia de materiais silano

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