Influência do retalho faríngeo sobre a nasalidade e a nasalância na produção de sons nasais em indivíduos com fissura labiopalatina

AUTOR(ES)
FONTE

CoDAS

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-12

RESUMO

RESUMO Objetivo: Verificar a influência da cirurgia de retalho faríngeo para a correção da insuficiência velofaríngea sobre a nasalidade e a nasalância da fala na produção de sons nasais de indivíduos com fissura labiopalatina. Métodos Estudo prospectivo realizado com 159 indivíduos com fissura de palato±lábio reparada, de ambos os gêneros, com idades entre 6 e 57 anos. Todos os participantes apresentavam insuficiência velofaríngea residual com indicação para cirurgia de retalho faríngeo e foram submetidos à avaliação perceptivo-auditiva e nasométrica da fala, antes e após (14 meses, em média) a cirurgia de retalho faríngeo. A hiponasalidade foi classificada perceptivamente em ausente ou presente e a nasalância foi determinada por meio do nasômetro, utilizando amostras de fala com sons predominantemente nasais, a fim de se estimar a hiponasalidade. O valor de 43% foi utilizado como limite inferior de normalidade. A nasalidade e a nasalância foram comparadas antes e após a cirurgia (p<0,05). Resultados: A hiponasalidade perceptiva foi observada em 14% dos indivíduos, enquanto que os valores de nasalância sugestivos de hiponasalidade (<43%) foram obtidos em 25% deles após a cirurgia, havendo correlação entre os métodos utilizados. Conclusão A cirurgia de retalho faríngeo influenciou na produção dos sons nasais, causando hiponasalidade em parcela significativa dos indivíduos. A presença deste sintoma de fala pode ser ainda um indicador de obstrução das vias aéreas superiores provocada pelo retalho faríngeo, que deve ser investigada de forma objetiva e criteriosa no pós-operatório.

ASSUNTO(S)

fissura palatina fala procedimentos cirúrgicos reconstrutivos

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