Influência do nível de atividade física sobre a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas
AUTOR(ES)
Krause, Maressa Priscila, Buzzachera, Cosme Franklin, Hallage, Tatiana, Pulner, Silviane Bini, Silva, Sergio Gregorio da
FONTE
Revista Brasileira de Medicina do Esporte
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-04
RESUMO
Com o avanço da idade ocorre diminuição das atividades cotidianas e redução da funcionalidade, em que a aptidão cardiorrespiratória pode ser considerada um dos componentes mais afetados. O objetivo deste estudo foi examinar a associação entre o nível de atividade física e a aptidão cardiorrespiratória em mulheres idosas. Foram avaliadas 960 mulheres com idade superior a 60 anos, não institucionalizadas, divididas em cinco faixas etárias: F1 (60-64 anos; n = 286), F2 (65-69 anos; n = 295), F3 (70-74 anos; n = 207), F4 (75-79 anos; n = 120) e F5 (> 80 anos; n = 52). O nível de atividade física foi determinado a partir do questionário Modified Baecke Questionnaire for Older Adults, constituído pelas atividades domésticas, esportivas e recreativas, em que o nível de atividade física total foi classificado pela soma desses três componentes. A aptidão cardiorrespiratória foi mensurada com o teste de caminhada de seis minutos. A aptidão cardiorrespiratória declinou em média 24,5% e o nível de atividade física, 18,0%, neste estudo. Ao examinar as influências dos tercis do nível de atividade física em relação à aptidão cardiorrespiratória, a análise de variância demonstrou que o tercil superior do nível de atividade física total foi o que apresentou menor declínio na aptidão cardiorrespiratória, de 16,7%. Entretanto, a categoria esportiva do nível de atividade física demonstrou valores diferenciados na redução da aptidão cardiorrespiratória, em que o subgrupo não-praticante de exercícios físicos apresentou o maior declínio, de 18,6%, enquanto que o subgrupo praticante moderado declinou 16,3%, revelando a influência positiva da prática de exercícios físicos moderados sobre a aptidão cardiorrespiratória (p < 0,05). Maior atividade física e, principalmente, a maior atividade física esportiva podem atenuar o declínio da aptidão cardiorrespiratória em idosas, pois as mulheres praticantes de exercícios físicos moderados apresentaram menor redução dessa aptidão. Aconselham-se iniciativas para o aumento das atividades físicas, especialmente de exercícios físicos regulares, para a atenuação do declínio da aptidão cardiorrespiratória, conseqüentemente auxiliando a manutenção da vida independente.
ASSUNTO(S)
envelhecimento atividade física exercício
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