Influência do estresse nutricional programado na composição da microalga isochrysis galbana

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/12/2010

RESUMO

O aquecimento global decorrente da emissão dos gases geradores do Efeito Estufa (GEE), em especial o CO2, é um dos problemas mais graves do século XXI, tendo em vista as conseqüências que esse agravante pode trazer ao planeta. Atualmente, os processos biológicos vêm sendo apontados como uma possível solução, principalmente a biofixação do CO2 por microalgas. Essa estratégia tem sido ressaltada, uma vez que, paralelamente a mitigação do CO2 ocorre à produção de biomassa rica em compostos de alto valor econômico agregado. As microalgas possuem alta capacidade fotossintética e taxa de crescimento superior aos vegetais superiores, duplicam a sua biomassa em um dia. O seu cultivo não segue regime de safras, são cultivadas em meio salino simples e não exigem irrigação, herbicidas ou pesticidas. O teor de lipídios destes microrganismos, dependendo da espécie, varia de 1 a 70% do seu peso seco, podendo chegar a 90% em certas condições de cultivo. Estudos indicam que é possível aumentar a produção de lipídios pelas microalgas através de estresses fisiológicos induzidos pela restrição do nitrogênio no meio de cultura. Essas evidências justificam pesquisas envolvendo a produção de biocombustíveis a partir de microalgas. No presente trabalho, estudou-se a estratégia de aumentar a produção de lipídios pela microalga I. galbana através de um estresse nutricional programado, ocasionado pela restrinção do nitrogênio. Foram acompanhadas as respostas fisiológicas desta espécie, cultivada em meio f/2 com diferentes concentrações de nitrogênio (razões mássica N:P 15,0-controle, N:P 5,0 e N:P 2,5). Durante a fase exponencial, as análises mostraram uma invariabilidade para os cultivos estudados. Porém, na fase estacionária, os cultivos submetidos ao estresse, indicaram menores rendimentos em biomassa. Observou-se um amento de 32,5% nos níveis de carboidratos e de 87,68% no teor de lipídeos na razão N:P 5,0 e uma redução média de 65% de proteína nas razões N:P 5,0 ou 2,5. Não houve variações significativas no teor de cinzas, independente das condições de cultivo e fase de crescimento. Apesar da limitação de biomassa, o aumento do acúmulo de lipídios pelas culturas estressadas, proporcionou maiores produtividades de lipídios, conseqüentemente este estudo sugere a utilização da microalga Isochrysis galbana como fonte alternativa para a produção de biocombustível

ASSUNTO(S)

microalga estresse nutricional lipídios rendimento biocombustível engenharia quimica microalgae nutritional stress lipid yield biofuels

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