Influência do cruzamento na qualidade de couros bovinos.
AUTOR(ES)
JACINTO, M. A. C.
FONTE
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
Em 2007 o Brasil exportou US$ 2,19 bilhão de couros bovinos, porém, de baixa qualidade extrínseca, principalmente devido aos ectoparasitas. Apesar da preponderância dos zebuínos no rebanho brasileiro, os taurinos são muito empregados em cruzamentos industriais e, quanto maior sua participação nos cruzamentos, maior será a suscetibilidade à infestação por carrapatos, um dos principais responsáveis pelas marcas que contribuem para a redução da qualidade extrínseca dos couros. Os bovinos cruzados CSN - canchim (macho) x simental-nelore (fêmea), CAN - canchim (macho) x angus-nelore (fêmea), ANCAR - angus (macho) x nelore-caracu (fêmea) e CARNEL - caracu (macho) x nelore (fêmea) foram criados a pasto e terminados em confinamento, com dois anos de idade. Grande parte dos couros (78,05 %) apresentou boa qualidade extrínseca, outra parte, média qualidade (19,51 %) e o restante, qualidade inferior (2,44 %). Os cruzamentos ANCAR e CARNEL apresentaram, respectivamente, couros com maior e menor resistência nos testes de tração e rasgamento (P<0,10). Essa diferença foi devido à maior integridade de estrutura do couro dos animais do cruzamento ANCAR, pois, por serem mais finos, não tiveram, na divisão e no rebaixamento, grande perda de estrutura dérmica, como ocorreu com os couros mais espessos dos animais do cruzamento CARNEL. Concluiu-se que o cruzamento racial influenciou a qualidade dos couros analisados.
ASSUNTO(S)
bovino couro curtimento estofamento pele qualidade