"Influência de parâmetros metodológicos sobre o ensaio de microtração. Microscopia eletrônica de varredura e resistência de união" / Influence of methodological parameters on microtensile test. Scanning electron microscopy and bond strength measurements

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Foi verificada a influência de 6 variáveis experimentais sobre o ensaio de microtração, a saber: sistema adesivo, formato e área de união dos corpos-de-prova (cps), velocidade e equipamento de corte e definição do grupo amostral no tratamento estatístico. Todas as variáveis foram testadas em esmalte e dentina previamente planificados. Para isolar as variáveis, o estudo foi dividido em quatro fases. 1) testou-se o tipo de adesivo: 28 molares humanos foram divididos em 4 grupos, de acordo com o substrato e com o adesivo utilizado (Excite e Clearfil SE Bond). 2) 64 dentes divididos em 16 grupos foram usados para testar: formato (ampulheta ou palito) e área de união dos cps. 3) testou-se a velocidade de corte para a obtenção dos cps, usando-se 30 molares divididos em 6 grupos. 4) 40 molares divididos em 8 grupos foram usados para analisar: equipamento de corte (disco ou fio impregnados por diamante), formato dos cps e delimitação do grupo amostral. Em todas as fases, cps foram selecionados e preparados para MEV, enquanto o restante foi submetido ao teste de microtração. Os valores de resistência de união [RU] foram coerentes com os achados em MEV, sendo os maiores valores encontrados nos grupos com melhor integridade superficial. Foi possível observar que não houve diferença estatística entre o substrato e o adesivo utilizado na fase 1. Apesar de ambos os adesivos terem conseguido íntimo contato com o substrato adjacente, muitos defeitos estruturais foram observados em MEV, principalmente em esmalte. Na fase 2, cps em dentina e em forma de palito apresentaram valores significantemente maiores de RU do que cps em esmalte e em forma de ampulheta, respectivamente. Em relação à área dos cps, quando essa aumentou de 0,25 para 4,0 mm 2 , a RU diminuiu significantemente. Foi possível verificar em cps com forma de ampulheta, através da MEV, linhas de fraturas juntamente à área de ação da.ponta diamantada, além de defeitos nos cps em forma de palito, sendo que o esmalte foi mais afetado do que a dentina. Já na fase 3, cps em dentina apresentaram maior RU do que cps em esmalte. A velocidade de corte não influenciou nos resultados dos cps em dentina, influenciando, contudo, a RU daqueles em esmalte, sendo que os cortados com velocidade alta (400 RPM) mostraram defeitos mais pronunciados em MEV e menores RU do que os cortados com velocidades menores (100 e 200 RPM). Na fase 4, cps em esmalte cortados com o fio impregnado por diamante foram estatisticamente mais resistentes do que aqueles cortados com disco, sendo que este grupo apresentou maior quantidade de defeitos em MEV, o mesmo não acontecendo em dentina. Cps em forma de palito foram mais resistentes do que aqueles em forma de ampulheta. A inclusão/exclusão das fraturas prematuras foi estatisticamente significante para ambos os substratos. Concluímos que cps em forma de ampulheta devem ser evitados, principalmente em esmalte, recomendando, assim, o uso de cps em forma de palito, com áreas próximas a 1 mm 2 . O seccionamento para obtenção dos cps em esmalte deve ser feito preferencialmente com fio. Quando a utilização do disco for inevitável, velocidades baixas são aconselháveis. A inclusão das fraturas prematuras, como valor de resistência de união igual a zero, proporciona resultados mais representativos sobre o complexo processo que envolve o teste de microtração.

ASSUNTO(S)

dentin esmalte dentário resistência à tração tensile strength scanning electron microscopy indirect parameters dental enamel parâmetros indiretos microscopia eletrônica de varredura statistics &numerical dentina estatística e dados numericos

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