Influência de fatores socioeconômicos e de tratamento sobre a fadiga, ansiedade e depressão autorrelatadas em pacientes com artrite reumatoide

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Reumatol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo Introdução: A fadiga, a ansiedade e a depressão são sintomas muito frequentes em pacientes com artrite reumatoide (AR). Objetivos: Neste estudo, avaliou-se a influência de características socioeconômicas, características de tratamento e comorbidades na elevação na fadiga, ansiedade e depressão autorrelatadas em pacientes com AR. Método: Este estudo transversal multicêntrico foi feito em 22 instituições de saúde na Sérvia de abril a agosto de 2014 na população de pacientes idosos com AR. O status de saúde autorrelatado dos pacientes foi medido pelos instrumentos Fatigue Assessment Scale, Patient Health Questionnaire-9 e Generalized Anxiety Disorder-7. As modalidades de tratamento foram definidas como: 1) anti-inflamatórios não esteroides (AINE) e/ou analgésicos e/ou corticosteroides; 2) fármacos antirreumáticos modificadores da doença sintéticos (DMARD) isoladamente ou em combinação com corticosteroides e/ou AINE e 3) qualquer tratamento para a AR que incluísse DMARD biológicos. Resultados: Houve preditores significativos de depressão elevada: tratamento com DMARD sintéticos em combinação com corticosteroides e/ou AINE, pagamento particular de fisioterapia, uso frequente de serviços de táxi, terapias alternativas e status ocupacional. A necessidade de assistência de outra pessoa, o tratamento suplementar com cálcio e as qualificações profissionais foram os preditores de fadiga elevada. A idade acima de 65 anos teve um efeito protetor sobre a fadiga elevada. A ansiedade foi um preditor independente de fadiga elevada. Os preditores ansiedade elevada foram: gastroproteção com inibidores da bomba de prótons e ocupação do paciente. Conclusão: Os preditores socioeconômicos de níveis elevados de depressão, ansiedade ou fadiga autorrelatadas são diferentes para cada um dos desfechos mencionados; quando acompanhados do tratamento básico para a AR, esses preditores socioeconômicos explicam exclusivamente uma depressão elevada. A ansiedade, associada às variáveis socioeconômicas e ao tratamento complementar, é um importante preditor da fadiga em pacientes com AR.

ASSUNTO(S)

artrite reumatoide tratamento fadiga ansiedade depressão

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