Influência de diferentes anestésicos locais no bloqueio neuromuscular produzido pelo atracúrio em ratos

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-06

RESUMO

Resumo Introdução: A associação de anestésicos locais (AL) com bloqueadores neuromusculares (BNM) na prática clínica e a possibilidade de interação entre esses fármacos têm sido investigadas. Objetivo: Avaliar, em modelo experimental, o efeito da lidocaína e da bupivacaína racêmica na transmissão neuromuscular e sua influência no bloqueio neuromuscular produzido pelo atracúrio. Método: Ratos machos da linhagem Wistar, peso entre 250 e 300 g. A preparação foi feita de acordo com a técnica proposta por Bulbring. Grupos (n = 5) de acordo com o fármaco em estudo: lidocaína 20 µg.mL-1 (Grupo I); bupivacaína racêmica 5 µg.mL-1 (Grupo II); atracúrio 20 µg.mL-1 (Grupo III); atracúrio 20 µg.mL-1 em preparação previamente exposta a lidocaína 20 µg.mL-1 e bupivacaína racêmica 5 µg.mL-1, Grupos IV e V, respectivamente. Foram avaliados: 1) A amplitude das respostas do hemidiafragma à estimulação indireta antes e 60 minutos após a adição dos fármacos; 2) Os potenciais de membrana (PM) e os potenciais de placa terminal em miniatura (PPTM). Resultados: Os AL, isoladamente, não alteraram a amplitude das respostas musculares. Com o uso prévio dos AL, o bloqueio neuromuscular (%) do atracúrio foi 86,66 ± 12,48 e 100, respectivamente, com diferença significante (p= 0,003) em relação ao produzido pelo atracúrio isoladamente (55,7 ± 11,22). Não alteraram o PM. A lidocaína inicialmente aumentou a frequência dos PPTM, seguido de bloqueio; com a bupivacaína, o bloqueio foi progressivo. Conclusão: A lidocaína e a bupivacaína racêmica apresentaram efeito pré-sináptico expresso por alterações nos PPTM, podem justificar a potencialização do bloqueio neuromuscular produzido pelo atracúrio.

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