Influencia de algumas formulações de polietileno de baixa densidade no aquecimento de estufas agricolas
AUTOR(ES)
Anna Lucia Mourad
DATA DE PUBLICAÇÃO
1993
RESUMO
Uma das aplicações mais interessantes dos filmes plásticos é em Plasticultura, que reúne técnicas largamente empregadas em diversos países. Dentre elas, a construção de estufas garante aumento de produtividade e qualidade dos produtos através do controle do clima. No Brasil estas estufas apresentam problemas de superaquecimento interno, chegando a atingir 60 a 70°C nos dias mais quentes. Neste trabalho, procurou-se identificar as características espectrais de filmes de PEBD usados para recobrir estas estruturas agrícolas que tem influência no processo de aquecimento. Utilizando extrusora com saída para filme tubular foram produzidos 7 filmes plásticos(75mm) contendo, além da formulação básica -PEBD e sistema estabilizante contra degradação foto-oxidativa(0.6% CHIMASSORB 944FL- uma amina estericamente bloqueada-, 0.3% de CHIMASSORB 81- um derivado da benzofenona- e 0.03% de IRGANOX 1076 -um antioxidante fenólico estericamente bloqueado) -um dos seguintes modificadores das características espectrais do PEBD: TiO2(1%), ZnO(1%), MgO(1%), Crisotila(1%), BaTiO3(1%), Polietileno de baixa densidade linear, PEBD-L(40%) e Copolímero de etileno e acetato de vinila, EVA(50%). Com estes filmes foram recobertas miniestufas de bambú(30 x 50cm) que foram dispostas em solo gramado e tiveram sua temperatura interna monitorada no período diurno. Os filmes foram caracterizados por espectroscopia ótica na região entre 190 e 25000nm (400 cm), cobrindo as faixas do UV, VIS/NIR e IV. O efeito dos aditivos na redução ou aumento do aquecimento interno foi pequeno atingindo os máximos de 1.4 e 3.1°C respectivamente. Entre todos os aditivos ensaiados o TiO2 foi o único que apresentou aquecimento menor que o filme não aditivado (~1.4°C com redução de 40% na transmitância entre 300 e 2500nm em relação à formulação básica) provavelmente em função de sua menor transparência em relação à energia solar (UV/VIS/NIR) que penetra na estufa. As formulações contendo Crisotila, PEBD-L e EVA aqueceram mais que o filme não aditivado as estruturas em 1.3, 2.0 e 3.1±1.2°C provavelmente por causa de sua maior opacidade relativa às radiações reemitidas pelo solo gramado na região do IV entre 2500 e 400cm. As demais formulações não foram discriminadas. Com base nas características espectrais dos filmes estudados e nas variações de temperatura observadas é apresentado um modelo para o processo de aquecimento das estufas agrícolas de PEBD.
ASSUNTO(S)
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