Influência das máscaras facial total, facial e nasal nos efeitos adversos agudos durante ventilação não-invasiva

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Pneumologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-02

RESUMO

OBJETIVO: Falhas da ventilação não-invasiva (VNI) têm sido relacionadas a efeitos adversos agudos do uso de máscaras. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência, tipo e intensidade de eventos adversos e conforto das máscaras facial total (MFT), facial (MF) e nasal (MN). MÉTODOS: Estudo randomizado, tipo cruzado, em 24 voluntários sadios submetidos a seis períodos de VNI, modo bilevel positive airway pressure em ajustes de baixa e moderada a alta pressão. Foi aplicado um questionário de avaliação de onze eventos adversos especificamente relacionados ao uso das máscaras. O conforto foi avaliado por escala visual analógica. O CO2 exalado no circuito foi medido entre a conexão da máscara e o orifício de exalação. RESULTADOS: A MFT teve desempenho similar a MF e MN quanto a escores de conforto. A aplicação de pressões mais altas reduziu o conforto e aumentou a incidência e a intensidade dos eventos adversos, independentemente do tipo de máscara. A MFT teve melhor desempenho quanto a vazamentos e dor no nariz e pior resultado quanto ao ressecamento oronasal e claustrofobia. A MF teve o pior resultado quanto a vazamentos. A pressão parcial do CO2 exalado no circuito permaneceu em zero com a MFT. CONCLUSÕES: Os eventos adversos agudos causados pelas interfaces de VNI são relacionados ao tipo de máscara e aos parâmetros de pressão. A MFT é uma alternativa confiável às MF e MN. A reinalação de CO2 a partir do circuito é menos provável de ocorrer com a MFT.

ASSUNTO(S)

ventilação com pressão positiva intermitente máscaras insuficiência respiratória análise de falha de equipamento

Documentos Relacionados