Influência das máscaras facial total, facial e nasal nos efeitos adversos agudos durante ventilação não-invasiva
AUTOR(ES)
Holanda, Marcelo Alcantara, Reis, Ricardo Coelho, Winkeler, Georgia Freire Paiva, Fortaleza, Simone Castelo Branco, Lima, José Wellington de Oliveira, Pereira, Eanes Delgado Barros
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-02
RESUMO
OBJETIVO: Falhas da ventilação não-invasiva (VNI) têm sido relacionadas a efeitos adversos agudos do uso de máscaras. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência, tipo e intensidade de eventos adversos e conforto das máscaras facial total (MFT), facial (MF) e nasal (MN). MÉTODOS: Estudo randomizado, tipo cruzado, em 24 voluntários sadios submetidos a seis períodos de VNI, modo bilevel positive airway pressure em ajustes de baixa e moderada a alta pressão. Foi aplicado um questionário de avaliação de onze eventos adversos especificamente relacionados ao uso das máscaras. O conforto foi avaliado por escala visual analógica. O CO2 exalado no circuito foi medido entre a conexão da máscara e o orifício de exalação. RESULTADOS: A MFT teve desempenho similar a MF e MN quanto a escores de conforto. A aplicação de pressões mais altas reduziu o conforto e aumentou a incidência e a intensidade dos eventos adversos, independentemente do tipo de máscara. A MFT teve melhor desempenho quanto a vazamentos e dor no nariz e pior resultado quanto ao ressecamento oronasal e claustrofobia. A MF teve o pior resultado quanto a vazamentos. A pressão parcial do CO2 exalado no circuito permaneceu em zero com a MFT. CONCLUSÕES: Os eventos adversos agudos causados pelas interfaces de VNI são relacionados ao tipo de máscara e aos parâmetros de pressão. A MFT é uma alternativa confiável às MF e MN. A reinalação de CO2 a partir do circuito é menos provável de ocorrer com a MFT.
ASSUNTO(S)
ventilação com pressão positiva intermitente máscaras insuficiência respiratória análise de falha de equipamento
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