Influência da orientação corporal no movimento de cabeça em bebês nos quatro primeiros meses de idade
AUTOR(ES)
Carolina Daniel de Lima
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi verificar a influência da orientação corporal no movimento de cabeça em lactentes nos primeiros quatro meses de idade. Foi considerada restrição intrínseca a idade do lactente e, extrínseca, a orientação corporal, ou condição experimental na qual foi posicionado. Para a viabilização deste trabalho foi necessário desenvolver uma metodologia capaz de medir com precisão as variáveis cinemáticas do movimento de cabeça em lactentes nos primeiros quatro meses de idade. Assim, dois arranjos experimentais foram testados (A e B) e diferiam entre si quanto ao número e posicionamento das câmeras, bem como quanto ao volume do sistema de calibração. Ambos os arranjos apresentaram acurácia de 2,47mm, possibilitando uma reconstrução verossímil do movimento. Para realizar o estudo das variáveis cinemáticas, optou-se por usar três câmeras (arranjo B). Tal arranjo favoreceu a visualização de toda a amplitude do movimento por pelo menos uma das câmeras, melhorou a análise qualitativa das imagens e reduziu o tempo de processamento dos dados contínuos, reduzindo-o 33% quando comparado ao arranjo A. Assim, definida a metodologia para análise cinemática dos movimentos de cabeça durante a CVC, foram avaliados mensalmente 10 lactentes saudáveis, nos primeiros quatro meses de idade. Os resultados mostraram que a idade influenciou nos movimentos de cabeça de lactentes nesta faixa etária, promovendo aumento da freqüência de movimentos, do percentual de movimentos iniciados na linha média do tronco aos 2 e 3 meses e da trajetória de lado a lado aos 4 meses. As variáveis cinemáticas apresentaram ganho com o aumento da idade, aumentando a amplitude dos três componentes de movimento (flexo-extensão, inclinação e rotação), bem como da velocidade de execução deste. As variáveis cinemáticas também foram sensíveis às orientações corporais, apresentando maior velocidade em supino e redução da amplitude de movimento do componente de flexoextensão em reclinado e inclinação em semi-flexão. Como as restrições analisadas influenciaram no desenvolvimento do movimento de cabeça do lactente, devem ser consideradas nos estudos sobre aquisição de controle de cabeça e no momento de avaliação e tratamento de lactentes.
ASSUNTO(S)
análise cinemática lactentes restrições intrínsecas e extrínsecas fisioterapia e terapia ocupacional coordenação sensório-motora desenvolvimento motor normal postura
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1875Documentos Relacionados
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