INFLUÊNCIA DA NEUROPATIA DIABÉTICA NA COMPLEXIDADE DA MARCHA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-10

RESUMO

RESUMO Introdução: A marcha humana é um movimento complexo dependente de controle neural multinível, que permite um padrão periódico uniforme, regular e complexo, que a caracterizam como um sistema não linear. O déficit sensitivo e motor com diminuição das respostas proprioceptivas pode diminuir a capacidade de adaptação do sistema, como já demonstrado nas doenças de Parkinson, Alzheimer e Huntington. Contudo, pouco se conhece sobre o efeito da neuropatia diabética periférica nessas respostas. Objetivos: Analisar a influência da neuropatia diabética periférica na entropia em diferentes ambientes de marcha. Métodos: Dez idosos, sem e com diagnóstico de neuropatia diabética periférica, caminharam em esteira rolante (velocidade inicial 3 km/h e incremento de 0,5 km/h a cada 5 minutos até a velocidade 5 km/h) para o registro da aceleração do centro de massa nos componentes vertical, médio-lateral, e anteroposterior ao longo de todo teste. A entropia amostral dos três vetores foi calculada para cada velocidade de teste. Resultados: O componente vertical não apresentou nenhuma diferença com significância estatística. O componente médio-lateral mostrou diferenças com significância estatística para os fatores grupo, velocidade e interação entre os fatores (grupo e velocidade). O componente anteroposterior apresentou diferenças com significância estatística para o fator grupo, mas não para o fator velocidade e interação entre os fatores (grupo e velocidade). Em todas as comparações, foram encontrados tamanhos de efeito classificados como grandes. Conclusões: A neuropatia diabética periférica produziu alterações na capacidade de adaptação sobre as variações do ambiente durante a marcha, provavelmente, em decorrência de alterações da complexidade do sistema de controle neural multinível, que depende da retroalimentação sensitiva e motora, sabidamente afetadas pela neuropatia diabética periférica. Nível de Evidência II; Estudos diagnósticos – Investigação de um exame para diagnóstico.

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